Uma fake news, envolvendo dois supostos bombeiros que estariam visitando residências para cometer assaltos em vários bairros de Teresina, espalhou-se em grupos de WhatsApp desde essa segunda-feira (13) e tomou proporções gigantescas nesta terça-feira (14), fazendo com que os dois homens, que tiveram suas imagens expostas em rede social, tivessem que procurar a Polícia Civil para registrar um Boletim de Ocorrência, a fim de esclarecer que estavam sendo vítimas de notícias falsas.

O GP1 conversou com Moisés Santos Lima e Gessivan dos Santos Pessoa que, na verdade, são brigadistas e trabalham vendendo material de segurança e prevenção para botijões de gás, na empresa JP Representações.

“Nós prestamos serviço na JP Representações e temos um curso de brigadista. Nós atuamos como representantes de vendas, divulgando um sistema de segurança e de prevenção para botijões de gás. Porém, para que a gente possa chegar até o interior das residências, temos que explicar como é esse trabalho de prevenção, não é nada forçado”, explicou Moisés.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1
Moisés Santos Lima prestou depoimento na DRCI

Moisés acrescentou que ele e o amigo chegaram a Teresina no início do ano de 2023 e desde então passaram a atuar no mercado local, mas que nesta terça-feira (14) os dois acabaram sendo surpreendidos com as notícias de que eles estavam se passando por bombeiros para entrar nos imóveis e cometer assaltos. “Hoje, na hora que a gente viu nossas imagens circulando em grupos de WhatsApp, Instagram, logo cedo, a gente foi na delegacia da Vila Irmã Dulce, que fica localizada na região onde a gente mora, depois pediram que nós viéssemos aqui na Delegacia Virtual”, ressaltou.

O segundo trabalhador que aparece na imagem, Gessivan dos Santos Pessoa, esclareceu ao GP1 que os dois passaram a atuar no mercado de Teresina, depois da explosão no Restaurante Vasto e Coco Bambu, e viram o acidente uma forma de levar a informação sobre prevenção e vender seus produtos de porta a porta.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1
Gessivan dos Santos Pessoa na DRCI

“Nós fazemos o trabalho porta a porta, entregamos o informativo com dicas de segurança e a gente pede para vistoriar o botijão de gás. Caso a pessoa queira trocar a gente faz a substituição do equipamento, trocando a mangueira de gás, revestida em alumínio. Mas essa situação foi a primeira vez que nós passamos, nunca houve isso, esse tipo de comentário, e na boca de todo mundo nós estamos como ladrões e nós não somos nada disso’, explicou.