Familiares e amigos do advogado Celso Barros Coelho compareceram à sede da OAB em Teresina na noite desta segunda-feira (10), para dar seu último adeus ao jurista, que morreu hoje aos 101 anos. O velório seguirá pela madrugada até as 9h desta terça (11), quando o corpo do ex-presidente da OAB será sepultado, no Cemitério Jardim da Ressurreição.

Diversas autoridades da política e do meio jurídico foram prestar suas homenagens a Celso Barros. O atual presidente da OAB Piauí, Celso Barros Neto, de quem o jurista era avô, ressaltou que a presença de tantas pessoas no velório é uma prova de que ele irá deixar um grande legado para a advocacia.

“É uma homenagem muito bonita de muitos amigos, muitos ex-alunos, muitos advogados, acho que é a representação do que ele foi, uma pessoa muito boa e que deixou um legado muito grande para o Piauí”, declarou Celso Barros Neto.

Maria Eugênia Celso Coelho, filha de Celso Barros, ressaltou que o pai viveu plenamente e aproveitou bem seus 101 anos de vida. “Acho que se perde hoje uma referência, na cultura, na política, e para mim é uma perda irreparável. Ele comemorou o centenário e agora nos 101 anos tiveram outras comemorações, ele aproveitou a vida, deu exemplo, e fica um grande legado”, colocou.

Chico Lucas, secretário de Segurança do Piauí, que já presidiu a Seccional da OAB, enfatizou que Celso Barros Neto foi um grande defensor da liberdade, como advogado e como político.

“O doutor Celso foi um grande defensor da liberdade e da advocacia. Presidiu a nossa casa por mais de uma década, além disso, foi um dos deputados constituintes, então sempre teve a sua vida pautada na defesa das garantias e liberdades individuais, essa foi sua marca pessoal, além de ter sido um profissional que sempre se pautou pela qualidade técnica e pelo compromisso ético”, disse Chico Lucas.

Boas lembranças

O Ouvidor da Agência Reguladora do Piauí (AGRESPI), Romildo Mafra, relembrou quando recebeu um presente de Celso Barros, objeto que guarda com imenso carinho. “O Celso Barros era um jurista de nível, não só do Piauí, mas do Brasil, era um mestre. Ele nos deixou hoje aos 101 anos e vai deixar esse vácuo para os advogados, estudantes e todos os que pensam em entrar no curso de Direito. Recebi dele um livro inédito, do grande jurista Afonso Arinos, que escreveu sobre a história dos partidos políticos. Ele me deu esse livro e guardo com muito carinho. Era um defensor da liberdade", contou Romildo.