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Teresina - Piauí

Programa Lagoas do Norte está transformando a cidade de Teresina

Nos próximos cinco meses devem ser entregues três grandes obras para a região: o novo Parque Ambiental do Mocambinho, a reforma no Encontro dos Rios e a obra de revitalização da Praça dos Ori

Lucas Dias/GP1 1 / 13 Obras no encontro dos rios em andamento Obras no encontro dos rios em andamento
Lucas Dias/GP1 2 / 13 Obra em andamento no encontro dos rios Obra em andamento no encontro dos rios
Lucas Dias/GP1 3 / 13 Reforma do encontro dos rios Reforma do encontro dos rios
Lucas Dias/GP1 4 / 13 Encontro dos rios Encontro dos rios
Lucas Dias/GP1 5 / 13 Joana da Silva Joana da Silva
Lucas Dias/GP1 6 / 13 Obras em andamento na Praça dos Orixás Obras em andamento na Praça dos Orixás
Lucas Dias/GP1 7 / 13 Praça dos Orixás Praça dos Orixás
Lucas Dias/GP1 8 / 13 Maquinas trabalhando no Parque Lagoas do Mocambinho Maquinas trabalhando no Parque Lagoas do Mocambinho
Lucas Dias/GP1 9 / 13 Parque lagoas do Mocambinho Parque lagoas do Mocambinho
Lucas Dias/GP1 10 / 13 Parque Lagoas do Norte Parque Lagoas do Norte
Lucas Dias/GP1 11 / 13 Parque Lagoas do Norte Parque Lagoas do Norte
Lucas Dias/GP1 12 / 13 Cleto Barata Cleto Barata
Lucas Dias/GP1 13 / 13 Cleto Barata Cleto Barata

Teresina completou 165 anos nesta quarta-feira, 16 de agosto, e atualmente a cidade passa por um grande processo de transformação com o programa Lagoas do Norte que está na sua segunda fase e nos próximos cinco meses devem ser entregues três grandes obras para a região: o novo Parque Ambiental do Mocambinho, a reforma no Encontro dos Rios e a obra de revitalização da Praça dos Orixás.

O GP1 conversou com o coordenador do Programa Lagoas do Norte, Cleto Baratta, que explicou todas as transformações que estão sendo feitas e o que a população pode esperar na realização de cada obra. A primeira fase do programa começou na gestão de Sílvio Mendes (PSDB) no ano de 2008 e se encerrou em 2015. Logo depois já começou a segunda fase.

A região norte possui várias lagoas e sempre teve vários problemas relacionados à inundações, além da falta de saneamento básico. O programa foi criado para resolver essas questões, com a criação de áreas esportivas e de lazer para a população. “Essa região norte é extremamente vulnerável aos problemas de inundações e uma série de problemas ambientais, então o programa Lagoas do Norte formatou uma série de ações voltadas para a questão ambiental, social, urbanística e principalmente também na área sanitária, que seria voltada especificamente para as questões das inundações. Na década de 70 e 80 foram feitos os diques do Rio Parnaíba e depois o do Poti, mas não eram suficientes para conter as ocorrências internas, por isso se desenvolveu um grande programa de drenagem. Essa iniciativa era para que pudéssemos fazer com que as lagoas fossem interligadas e que fossem criadas as condições de se manter o saneamento nessa região. Também não podemos esquecer a questão do abastecimento de água, de drenagem e também o que diz respeito aos resíduos sólidos. Agora para que isso acontecesse se fazia necessário que tivéssemos esse programa todo bem equacionado”, explicou.

Na primeira fase foram investidos R$ 100 milhões e a segunda fase iniciada em 2015 se encerará em 2020 com investimentos em torno dos R$ 400 milhões. “O programa como um todo atinge 13 bairros. Na primeira fase trabalhamos na região do bairro São Joaquim, Matadouro e nas adjacências. Agora nessa nova fase vamos atuar nos outros bairros. Estamos com dois parques em desenvolvimento e terminando uma grande praça, além das obras de saneamento”, disse.

Encontro dos Rios

  • Foto: Divulgação/AscomMirante será feito no Encontro dos RiosMirante será feito no Encontro dos Rios

O local está passando por uma grande reforma de revitalização. “É uma área turística, muito importante. Uma área que estamos desenvolvendo na ordem de dois milhões de reais. Essa obra deverá ficar conclusa até meados de outubro. Será uma requalificação, onde vamos oferecer melhores condições para que Teresina como um todo possa desfrutar de uma boa área e para a contemplação de uma região belíssima”, disse.

Após a conclusão dessa primeira etapa, a prefeitura pretende fazer um mirante no local. “Estamos recuperando totalmente o pavilhão central. Construindo uma nova bateria de banheiros, melhorando o estacionamento, vai ter playground, um novo pavimento interno para oferecer conforto para quem vai aos quiosques. Uma das coisas de destaque que vamos dar início ainda nesse ano é a implantação de um mirante ao lado do pavilhão central, onde vamos ter condição de ter uma observação completa do Encontro dos Rios e lá vai ser contada toda a história daquela região. Será um ponto de concentração para as atividades do turismo”, destacou.

  • Foto: Divulgação/AscomObra no PavilhãoObra no Pavilhão

O GP1 esteve no local e falou com a vendedora de produtos de artesanato, Joana Batista, que trabalha há 10 anos no Encontro dos Rios e disse estar ansiosa para que a reforma seja finalizada. “Já faz um tempo que eles começaram aqui e estamos animados com as mudanças que vão ser feitas. Isso já tem até atraído mais visitantes. Eu acho que com essa nova praça de alimentação e o mirante vão ajudar a aumentar as vendas. Trabalho há 10 anos aqui e acho que nunca teve uma reforma”, afirmou.

Parque Ambiental do Mocambinho

  • Foto: Divulgação/AscomComo ficará a Lagoa do MocambinhoComo ficará a Lagoa do Mocambinho

A lagoa do bairro Mocambinho está passando por uma grande revitalização e o parque ambiental terá área dedicada à realização de esportes e para eventos culturais. Ela deve ser inaugurada até janeiro do próximo ano.

“Estamos recuperando a lagoa. Ali é um parque que são mais de cinco hectares, em uma área nobre da cidade, onde teremos pista de caminhada, vai ter quadras para práticas esportivas, vai ter quiosques para venda de lanches e alimentações saudáveis. Também vai ter instalações sanitárias de banheiro e será um parque todo protegido, cercado, com guaritas de segurança para que as pessoas tenham o estímulo de estarem praticando e hoje as pessoas já estão até usando aquela área. A parte que tem calçada já tem gente usando. É uma obra onde estamos investindo mais de R$ 10 milhões e deve ficar pronta entre dezembro deste ano ou janeiro de 2018”, disse Cleto Baratta.

  • Foto: Divulgação/AscomParque Ambiental do MocambinhoParque Ambiental do Mocambinho
  • Foto: Divulgação/AscomObra no Parque Ambiental do MocambinhoObra no Parque Ambiental do Mocambinho

Praça dos Orixás

Localizada no bairro São Joaquim, a praça foi revitalizada e está sendo um investimento de quase R$ 500 mil. A praça está sendo feita com o objetivo de homenagear a cultura africana.

“Ela será dedicada à cultura afrobrasileira, onde se tem um espaço para esse grupo. Fizemos isso porque é uma cultura da região. Aqui temos uma cultura bastante antiga dessa prática religiosa e a prefeitura estimula manifestações populares e culturais. A praça já existia, agora vai ter um palco, vai ter áreas de caminhada, toda a iluminação foi refeita. Serão feitas inserções de imagens representativas do culto africano, dessas religiões, e a obra deve ser entregue no máximo em dois meses”, afirmou.

Desapropriação de moradores

Um dos pontos polêmicos é exatamente a retirada de famílias, que estão em área de preservação ambiental ou em área de risco, para que sejam feitos os trabalhos de drenagem, de saneamento e de revitalização. Cleto Baratta afirmou que estão sendo previsto para o próximo ano o início de dois conjuntos habitacionais para essas famílias. Essas unidades ficarão na mesma região.

O primeiro conjunto do Lagoas do Norte foi o Zilda Arns com 327 casas, localizado na rua Rui Barbosa, no bairro São Joaquim. “Estão previstos dois novos conjuntos habitacionais que serão inseridos nessa região. São dois residenciais, um na Lagoa da Draga e outro no Oleiros, com aproximadamente 300 unidades para cada um. A ideia é que fiquem dentro da área em que elas vivem. Para essa questão da desapropriação a prefeitura obedece vários critérios e tudo ocorre com um entendimento com as pessoas. Levamos em consideração se essas famílias estão áreas de risco ou onde a legislação ambiental exige que esse terreno seja disponibilizado apenas para a área ambiental”, explicou .

Ele afirmou que todo o processo é acompanhado por assistentes sociais e que a desapropriação acontece após um entendimento. Ele acredita que a população está vendo as melhorias que estão sendo realizadas e que por isso entendem as mudanças que estão sendo feitas.

“As pessoas podem optar por receber as unidades habitacionais ou as indenizações. Todo esse processo é feito com nossa equipe de assistentes sociais. Hoje esse processo também recebe a chancela da Ordem dos Advogados e do Tribunal de Justiça. É uma coisa bem clara, no sentido de que não haja dúvida quanto a integridade e viabilidade desse projeto que está em estudo. Ainda está sendo feito o levantamento socioeconômico e quantas casas precisam ser retiradas, pois tem situações em que a própria moradia que está lá é extremamente arriscada pelas condições do local, que são precárias, mas só vamos tirar com a devida anuência e entendimento. As obras só devem ser iniciadas no ano que vem, por ora estamos fazendo a questão do esgotamento sanitário, drenagem. Em algumas situações as casas nem vão sair, se busca recuperar essas residências, não é questão de querer tirar as pessoas de lá. Temos 10 assistentes sociais só para atender essas pessoas”, destacou.

Outros projetos

Obras de saneamento e a construção de uma escola em tempo integral estão entre os projetos. “Também retomamos a obra de esgotamento sanitário no canal do Matadouro, que é uma obra de mais de R$ 5 milhões, que é regularizar o canal para que se tenha um novo perfil sanitário dessa área. Vamos começar o conjunto Parque Brasil 4, onde vamos produzir 1.022 unidades para a zona norte, mas isso vai começar a avançar no próximo ano. Acabamos de ter um período de colônia de férias, onde atendemos 400 crianças de 5 a 14 anos. Temos frequentemente ações de atividades culturais e profissionalizações. Também vai ser construída uma escola de tempo integral para 1.200 alunos no bairro Mafrense, isso também será para o ano que vem. O que fazemos é uma obra de qualidade inquestionável. Hoje as pessoas começam ater a percepção que as mudanças devem ser feitas para melhorar”, finalizou.

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