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Teresina - Piauí

Manifestação da Uber gera confusão na Câmara de Teresina

A votação do projeto de lei deve acontecer apenas na próxima semana.

Divulgação 1 / 8 Manifestação contra projeto que regulamenta o Uber em Teresina Manifestação contra projeto que regulamenta o Uber em Teresina
Cinara Taumaturgo/GP1 2 / 8 Plenário da Câmara Municipal Plenário da Câmara Municipal
Cinara Taumaturgo/GP1 3 / 8 Cartaz contra o preço Cartaz contra o preço
Cinara Taumaturgo/GP1 4 / 8 Graça Amorim Graça Amorim
Cinara Taumaturgo/GP1 5 / 8 Jivago Carvalho Jivago Carvalho
Cinara Taumaturgo/GP1 6 / 8 Manifestação da Uber Manifestação da Uber
Cinara Taumaturgo/GP1 7 / 8 Manifestação da Uber gera confusão Manifestação da Uber gera confusão
Cinara Taumaturgo/GP1 8 / 8 Plenário da Câmera Municipal Plenário da Câmera Municipal

A manifestação dos motoristas de aplicativo contra o projeto de lei que regulamenta a Uber gerou confusão na manhã desta quinta-feira (29), na Câmara Municipal de Teresina. A votação do projeto de lei deve acontecer apenas na próxima semana.

Ao chegar ao plenário da Câmara Municipal, os manifestantes se depararam com o local sem energia elétrica e iniciaram um tumulto. Em meio a muita gritaria, a energia voltou, mas a manifestação continuou aos gritos de "pago imposto".

O vereador Levino de Jesus disse ao GP1 que só vai votar a favor do projeto se houver um benefício para todos. "Eles concordam com uma regulamentação de forma justa e não mandar para cá algo que pode prejudicar a classe. Em qualquer cidade do Brasil você anda de Uber. Se o projeto não andar com melhoria para categoria eu não voto. Tem que ser melhoria para todos", disse o vereador.

O manifestante Jivago de Carvalho trabalha há dois anos como motorista de aplicativo e discorda do projeto apresentado pela Prefeitura de Teresina. "Eu trabalho há dois anos com transporte por aplicativo, 1 ano de Uber e 1 ano de 99. O que a gente sempre reivindica é o que ele quer limitar o número de motoristas na cidade. Hoje em dia a gente faz viagem próximo da pessoa, a pessoa tem que estar próxima. Se ele limitar o número de motoristas vai ficar difícil para pegarmos um passageiro muito longe. Se a gente pegar um passageiro longe o preço vai aumentar, a viagem vai se tornar dinâmica e vai ficar um negócio bagunçado", reclamou.

Segundo ele, a proposta da prefeitura vai afetar não só os motoristas, como os consumidores. "As medidas vão afetar principalmente o consumidor. Muitos motoristas não trabalham apenas no Uber ou 99, eles rodam nos finais de semana, nas horas vagas porque hoje todo mundo sabe que um salário mínimo não dá para sustentar uma família", completou.

O taxista José Edvaldo está há 10 anos na profissão de taxista e apoia o projeto enviado pela prefeitura. "Eu sou a favor da regulamentação. Eu sou a favor de que seja regulamentado para que todo mundo possa trabalhar. Nós temos nossos impostos, que nós pagamos e os aplicativos não têm burocracia nenhuma. Nós temos que fazer várias coisas para sermos taxistas, documentação apta para transporte remunerado, uma série de regulamentações que precisamos ter e o aplicativo não tem nada. Eles andam de qualquer jeito e nós taxistas temos várias normas, por isso o direito tem que ser o mesmo para todos", argumentou.

Diálogo

Segundo o vereador Deolindo Moura, as categorias já estão entrando em um acordo, mas a prefeitura tem apresentado propostas que prejudica um das classes. "Nós acreditamos que possa existir um acordo. Na verdade, nós exaurimos boa parte dos conflitos que nós tínhamos entre as categorias em uma reunião que nós fizemos na semana passada aqui na Câmara Municipal. O problema é que aquele acordo que tinha sido fechado na Câmara Municipal, quando veio a contra-proposta da prefeitura, mesmo tendo sido feito pelas categorias aqui, ela veio diferenciada do acordo que nós tínhamos feito. Nós tínhamos colocado aqui a idade dos carros, que ficou de seis anos, com dois anos de carência. Já da prefeitura veio com seis anos de carência, com dois anos de carência. Ou seja, ninguém consegue pagar um carro em 24 meses. Estamos falando de pessoas que fizeram um investimento por conta de uma nova tecnologia que chegou na cidade", disse.

O vereador defende que o projeto seja votado apenas quando haja um concenso entre as partes."Agora o projeto vai sair da Comissão de Constituição e Justiça, vai para a Comissão de Transportes e Legislação, na qual eu sou presidente e nós vamos buscar continuar o diálogo. Nós queremos é que a gente possa fazer o diálogo até o fim para que as categorias possam sair convencidas de um projeto que seja benéfico para a cidade de Teresina, principalmente para os usuários desse transporte por aplicativo na nossa cidade. Teresina não pode abrir mão desse sistema tendo em vista que outras cidades regulamentaram sem muitos prejuízos. Nós queremos que aconteça o mesmo em nossa cidade. Certamente iremos exaurir todas as discussões que forem feitas em prol desse acordo para que a gente possa garantir que no plenário esse acordo seja votado com muita independência pelos vereadores acima de qualquer coisa. Com altivez de quem representa o povo na nossa cidade, é isso que nós estamos buscando", completou.

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