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Teresina - Piauí

Delegado pede prisão preventiva do ex-policial condenado por matar Donizetti Adalto

João Evangelista, o "Pezão", foi preso na manhã dessa sexta-feira (10) na zona norte de Teresina.

A Polícia Civil do Piauí, por meio do delegado Raimundo Nonato Ferreira de Carvalho, pediu a decretação da prisão preventiva do ex-policial civil João Evangelista de Meneses, mais conhecido como “Pezão”, condenado a 23 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Donizetti Adalto. Ele foi preso na manhã desta sexta-feira (10), em Teresina, suspeito do crime de tráfico de drogas.

João Evangelista foi detido em sua residência, na zona norte da capital, em operação deflagrada pela 3ª Delegacia Seccional, em conjunto com policiais do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO). No local, onde funciona um bar, foram encontradas 22 pedras de crack e outras seis porções grandes da mesma droga, além da quantia de R$ 458,50 em espécie.

Foto: Reprodução/WhatsAppJoão Evangelista de Meneses, mais conhecido como Pezão
João Evangelista de Meneses, mais conhecido como Pezão

Equipes da polícia já vinham monitorando o endereço, onde foi observada intensa movimentação e rodízio de pessoas. “A intenção de traficância é comprovada pelo fato de as substâncias estarem acondicionadas em invólucros típicos pra a venda, assim como pelo fato de haver sido encontrado dinheiro em notas miúdas e moedas, também aprendidos”, destacou o delegado Raimundo Nonato na representação.

O delegado ressaltou a necessidade da prisão preventiva de João Evangelista, de modo a garantir a ordem pública e a devida aplicação da lei penal.

“Represento pela prisão preventiva de João Evangelista de Meneses, vulgo Pezão, por se mostrar absolutamente imprescindível para a garantia da ordem pública e aplicação da lei penal”, concluiu.

Assassinato de Donizetti Adalto

Foto: ReproduçãoDonizetti Adalto
Donizetti Adalto

Segundo a denúncia do Ministério Público, baseada em inquérito da Polícia Civil, Donizetti Adalto foi assassinado em uma emboscada, sem possibilidade de defesa, na madrugada do dia 19 de setembro de 1998. Ele foi espancado e assassinado com sete tiros à queima-roupa na Avenida Marechal Castelo Branco, nas proximidades da ponte do bairro Primavera, zona norte de Teresina.

O jornalista era candidato a deputado federal pelo PPS, e estava acompanhado de seu companheiro de chapa, o advogado e então vereador Djalma Filho, que buscava vaga na Assembleia Legislativa do Piauí, também pelo PPS.

Donizetti e Djalma retornavam de um comício em um automóvel Fiat Tipo, quando foram abordados e o jornalista foi assassinado sem chances de defesa. A Polícia Federal ajudou a Polícia Civil nas investigações.

Foram indiciados como autores do crime os então policiais João Evangelista (Pezão) e Ricardo Silva, o estudante universitário Sérgio Silva, e o ex-comissário de polícia Pedro Silva. Como intermediador, foi apontado o assessor Francisco Brito de Souza Filho.

Djalma Filho foi absolvido

Em julgamento ocorrido no dia 27 de abril de 2022, o Tribunal Popular do Júri absolveu Djalma Filho da acusação de ter sido o mandante do assassinato de Donizetti Adalto. O Conselho de Sentença decidiu absolvê-lo por quatro votos a um, inclusive no quesito principal, que trata da autoria e participação.

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