O cerco se fechou para um estelionatário de iniciais A. G. F. A. C., dono de uma empresa de fachada do ramo financeiro, localizada na Avenida Gil Martins, na zona sul de Teresina. Ele foi preso na manhã dessa quinta-feira (03), no bojo do inquérito da Polícia Civil do Maranhão que apura os crimes de estelionato, falsidade ideológica, organização criminosa e subtração de proventos de idosos. As investigações apontaram que o acusado utilizava-se de financeiras e empresas de instalação de energia solar para lavar o dinheiro oriundo dos estelionatos.
A prisão ocorreu por meio dos policiais do 1º Distrito Policial de Timon e pela Divisão de Captura (Dicap) do 1º DP, em cumprimento ao mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal de Timon. Ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes de Timon, para adoção dos procedimentos cabíveis ao caso e em seguida, será conduzido ao Presídio Jorge Vieira.
Investigações
O acusado é alvo da investigação desde 2021, quando ocorreu a quebra do sigilo bancário dele, que resultou na identificação dos casos em que várias pessoas foram vítimas da organização criminosa que ele lidera.
As informações dão conta que no dia 29 de janeiro de 2021, o estelionatário ligou para o idoso de iniciais J. A. B.,passando-se por agente de segurança da Caixa Econômica Federal. Ele enganou a vítima afirmando que o seu cartão de saque teria sido usado indevidamente e para resolver a situação, a vítima teria que fazer a entrega do cartão.
Após a entrega, o idoso transferiu a vultuosa quantia de R$ 31.087, 40 da sua conta na Caixa Econômica. Porém, como o delinquente já estava em posse do cartão, ele e os demais integrantes do grupo criminoso fizeram saques e transferências bancárias da conta da vítima e destinaram para as referidas empresas.
Diante da comprovação das grandes movimentações financeiras efetuadas pelos membros do grupo criminoso, da quebra do sigilo bancário do líder e do cumprimento do mandado de prisão preventiva, foi desvendado o esquema de desvio do dinheiro das vítimas para montar empresas financeiras de fachada, a fim de lavar do dinheiro.
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