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Teresina - Piauí

DHPP prende acusados de executar adolescente no Tribunal do Crime em Teresina

Gisele Vitória da Silva Sampaio, 17 anos, foi enterrada em uma cova rasa no dia 8 de março de 2021.

O Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Teresina, em conjunto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, deflagrou a Operação Sereia e prendeu três pessoas acusadas de participação no assassinato da adolescente Gisele Vitória da Silva Sampaio, 17 anos, mais conhecida como “Sereia 14”, que foi executada pelo Tribunal do Crime na zona norte de Teresina, no dia 08 de março de 2021.

A ação teve início nessa quinta-feira (27) no Rio de Janeiro e foi finalizada nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (28), na cidade de Teresina-PI.

Foto: Reprodução/WhatsAppGisele Vitória da Silva Sampaio
Gisele Vitória da Silva Sampaio

De acordo com a delegada Nathália Figueiredo, a primeira prisão, do alvo de nome Igor, ocorreu em um shopping localizado no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Lá as diligências foram conduzidas pela equipe de policiais civis da 53ª DP – Mesquita, sob a coordenação do delegado titular Willians Batista.

Em Teresina, os policiais do DHPP cumpriram mais dois mandados de prisão temporária. Um contra Isaías, que foi preso no Poti Velho, e outro contra Johnata, que já encontra preso por outro crime na Cadeia Pública de Altos (CPA).

Investigação

A delegada Nathália Figueiredo explicou que a investigação apontou a participação direta dos três alvos na morte de Gisele Vitória. "Tanto a prisão do alvo do Rio de Janeiro ontem como a prisão de hoje efetuada no Piauí, além do terceiro que já estava cumprido prisão provisória por outro homicídio, foram feitas após a colheita de elementos suficientes que colocaram eles como participantes diretos no crime para representar pelas prisões", afirmou.

Sobre a participação de cada um no crime, a delegada reforçou que serão individualizadas no decorrer das investigações. "Estamos trabalhando as informações, o que temos de elementos é que o alvo preso no Poti Velho participou de forma direta na conjuntura total do crime, mas somente através da investigação é que vamos chegar a participação pormenorizada de cada um", pontuou Nathália Figueiredo.

Novas prisões

Ainda de acordo com a delegada, novas prisões deverão acontecer antes da conclusão do inquérito. "Sim [mais prisões deverão ocorrer]. Por isso o motivo pelo qual a gente representou pela prisão temporária, porque ela tem um viés investigativo, então, através dessas prisões nós vamos colher mais informações e elementos para prender outros envolvidos", garantiu.

Entenda o caso

O corpo da adolescente Gisele Vitória da Silva Sampaio, que esteve desaparecida por cerca de 30 dias, foi encontrado enterrado em uma cova às margens do Rio Poti, na tarde do dia 08 de março de 2021, no bairro Mocambinho, zona norte de Teresina.

Na época do crime, a mãe de Gisele Vitória, dona Maria de Fátima, recebeu o GP1 em sua residência e disse que a filha havia saído de casa com pessoas em um carro preto, na noite do dia 07 de março, e por volta de 5h30 do dia 08/03 ela entrou em contato por telefone com os familiares, pedindo para ver o filho de 2 anos, pois ela seria assassinada logo em seguida.

“Domingo à noite, dia 7 de março, ela estava falando com uma amiga no celular e quando foi por volta de meia-noite falou para mim que iria sair, mas disse que voltava no outro dia. Ela não falou com quem, mas os vizinhos disseram que tinha um carro preto lá fora, mas eu não vi, porque eu estava colocando o bebê, filho dela, para dormir. Quando foi na madrugada do dia 8, meu sobrinho olhou o celular e viu uma mensagem dela dizendo: “Cadê o Davi? Vão me matar!”, descreveu a mãe.

Foto: Reprodução/WhatsAppImagem mostra a jovem minutos antes de morrer, na própria cova
Imagem mostra a jovem minutos antes de morrer, na própria cova

Dona Fátima relatou que a filha tinha costume de sair de casa, mas naquele domingo ela não voltou. “A gente ficou esperando ela aparecer, porque ela sempre saía e aparecia três dias depois. Ela ia para a casa das amigas, ficava três dias, mas ela não estava nas redes sociais. Eu fui na casa de uma amiga dela e não conseguimos falar com ela. Foi quando apareceu nos grupos de WhatsApp que tinham matado ela”, disse a mãe da jovem, desesperada.

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