Brunno Suênio
O GP1 obteve acesso aos nomes das quatro lojas que tiveram suas atividades suspensas por ordem da Justiça, durante a 4ª fase ostensiva da Operação Interditados, deflagrada pela Superintendência de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, em conjunto com a Receita Federal e Polícia Militar do Piauí, nesta terça-feira (22). As lojas ficarão fechadas até o término das investigações.
Conforme a Polícia Civil do Piauí, as ações desencadeadas nesta terça-feira (22) foram decorrentes do processo de devolução de aparelhos celulares por parte de pessoas que haviam sido adquirido os produtos, sobretudo, no centro de Teresina, sem a referida comprovação de origem legal.
Confira a relação:
3 lojas no Shopping da Cidade
- DM Cell
- Popeye
- P Cell
1 loja localizada na Rua Barroso
- Gold Celulares
4ª fase da Operação Interditados
Com a informação da origem da aquisição dos produtos, a Polícia Civil do Piauí intensificou as investigações, que culminaram na deflagração da 4ª fase ostensiva da Operação Interditados, dessa vez, com a participação também da Receita Federal que, na última semana, realizou ações de fiscalização no centro de Teresina, que geraram apreensões de cerca de R$ 5 milhões em produtos advindos de contrafação, decaminho e contrabando.
Em entrevista coletiva, o Superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, delegado Matheus Zanatta, deixou claro que até o final do ano cerca de 20 mil pessoas deverão ser intimadas a comparecerem à SSP, a fim de esclarecer a origem de aparelhos celulares que, porventura, possam ter origem ilícita.
Cerco fechado
Ainda conforme o delegado, a aquisição de celulares sob origem duvidosa fomenta o crime e, por esse motivo, a Secretaria de Segurança vai fechar o cerco para tentar estagnar o ciclo de roubo e receptação desses produtos na Capital e em demais cidades do estado, a exemplo da loja que foi alvo na cidade de União nesta terça.
“Nós devemos, até o final do ano, fazer a intimação de 20 mil pessoas que estão em posse de celulares que tem restrição de roubo ou furto, e eu tenho certeza que com a oitiva dessas pessoas, que estão na posse desses celulares, nós teremos novas operações, novas lojas sofrendo buscas e tendo suspensas as suas atividades econômicas. Esses trabalhos que estão sendo feitos entre os órgãos de Segurança Pública são muito importantes, porque sabemos que o celular roubado é uma moeda de troca do tráfico, da organização criminosa e também pode levar a prática de outros crimes mais graves, como por exemplo o latrocínio. Então pedimos à população que não compre produto eletrônico sem procedência, muito abaixo do valor de mercado sem nota fiscal, porque se você estiver comprando, você irá responder na forma da lei, você estará alimentando o crime de roubo de celulares e até de latrocínio”, finalizou o delegado Matheus Zanatta.
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