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Teresina - Piauí

Estrategista político Paulo Moura lança novo livro em Teresina

Autor destaca a importância da inteligência política para a execução de uma campanha eleitoral.

O estrategista político Paulo Moura está em Teresina para o lançamento do seu livro "Inteligência Política e Estratégias nas Campanhas Eleitorais", pela Editora Vorazes, que ocorre nesta terça-feira (29), às 18h30, no Salão Nobre Vereador Vieira Toranga, na Câmara Municipal da Capital. Em conversa com o GP1, o autor, que já possui 20 anos de experiência no marketing político, destacou que sua obra surge da provocação de compartilhar o conhecimento adquirido na sua trajetória.

Moura destaca a importância da inteligência política como fio condutor para a elaboração e a execução de uma campanha, a partir de três pilares: estratégia, marketing e comunicação. O estrategista aponta que cada campanha é única e requer uma análise cuidadosa do contexto, do candidato e do eleitorado.

“O livro surge de uma provocação da sociedade em torno de uma contribuição que a gente deveria dar à sociedade: partilhar com ela uma trajetória de vinte anos. São cento e vinte e nove campanhas, vinte anos atuando especificamente nesse ramo, e eu acho que é um papel nosso também compartilhar, inspirar outros profissionais com conteúdo que seja relevante. Não é um tratado acadêmico, mas também não é um manual de autoajuda para campanhas. Então, a ideia do livro é exatamente isso: é compartilhar, auxiliar a sociedade e o meio profissional com tudo que a gente aprendeu, tudo que a gente vem construindo, todas as pesquisas que a gente tem feito em torno disso”, destacou Paulo Moura.

Foto: Reprodução/AscomEstrategista político Paulo Moura
Estrategista político Paulo Moura

“Para nós, não existe uma campanha igual a outra. Então, a gente não tem produto de prateleira. O que eu quero dizer com isso é que cada campanha, dentro de um mesmo período eleitoral, você tem diversos desafios a considerar: que cada candidato é único, cada candidato tem uma história, tem um jeito de falar, tem um desafio; também faz parte de um grupo político diferente. Então, tudo isso tem que ser levado em consideração na hora que você está construindo uma estratégia eleitoral”, completou o autor.

Ódio nas eleições

O estrategista político aborda também o tema da violência e do ódio nas eleições passadas, considerando-o um sentimento antidemocrático. Ele afirma ser contrário a esse tipo de ação, que pode ser intencionalmente utilizado por alguns candidatos ou grupos políticos. Além disso, Moura defende que o estrategista e o marqueteiro devem estar alinhados com os valores e os princípios do candidato ou do partido que representam, a fim de desenvolver uma estratégia correta e ética.

“Eu acho que as eleições passadas viveram um momento muito marcante e um sentimento ali que eu acho antidemocrático: que você partia para uma violência, você partia para cultivar um sentimento que é contrário à democracia, que é o ódio. Eu chamo isso de sentimento ruim. Assim como existem os bons sentimentos. E quando você está no processo de criação, no processo de elaboração de estratégia, você pode até fazer isso intencionalmente. O que nós somos contra. Eu particularmente sou contra esse tipo de estratégia, mas eu reconheço que ela existe e nós sabemos tratar com isso. Existem, dentro de grupos políticos, valores e princípios. E daí onde eu acho que esteja o importante: é que o estrategista, o marqueteiro que esteja à frente tenha uma ambiência com esses princípios para que você possa desenvolver a estratégia correta. Eu acho que é um trabalho técnico, sim, mas você também, no nosso caso, a gente tem tido a oportunidade e o privilégio de poder, em muitos casos, escolher qual a campanha, qual o projeto que a gente vai participar”, detalhou sobre seu pensamento.

Pré-campanha

Outro ponto destacado por Paulo Moura foi a pré-campanha. Baseado em sua experiência, o estrategista enfatizou que as campanhas são conquistadas durante a fase pré-eleitoral, quando se delineia a estratégia e se planeja a comunicação.

"Eu costumo dizer que as campanhas são ganhas durante a pré-campanha. A campanha não é o momento de criar estratégias. A criação de estratégias, a reflexão, ocorrem na pré-campanha. E o que é a pré-campanha? Explicando para o público em geral: é o período que antecede os quarenta e cinco dias oficiais para a realização do pleito eleitoral. Portanto, tudo que ocorre antes desse prazo é o que chamamos aqui no nosso meio - e você, como profissional e jornalista, também faz parte disso - de pré-campanha. Quanto mais cedo você inicia esse processo, menor é o risco que você enfrenta. Sabemos que as eleições são vencidas por quem comete menos erros. Assim, entra em cena uma variável que não pode ser recuperada, que é o tempo. E quando você age dentro do timing correto, da maneira apropriada e com a abordagem correta, você minimiza os riscos e amplia as possibilidades de alcançar o sucesso", ressaltou.

Sobre o autor

Paulo Moura é reconhecido por sua vasta experiência em campanhas eleitorais bem-sucedidas no Brasil e no mundo. Tem mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de estratégia, comunicação e marketing político. Foi vencedor, por quatro vezes, do Reed Awards, o maior prêmio do Marketing Político Internacional, além de ter sido eleito um dos 100 mais influentes estrategistas políticos do mundo (COMPOL/USA 2017).

É sócio-fundador da Exata Inteligência Política; pós-graduado em Marketing Político pela Universidade de Minas Gerais (UFMG); Especialista em marketing digital e estratégia com título concedido pela Universidade de Harvard (USA); professor visitante da The George Washington University (USA) e da Universidade de Turim (Itália). É membro de instituições como The American Association of Political Consultants (AAPC) e The International Association of Political Consultants (IAPC). Suas exitosas experiências internacionais passam por países como México, França, Rússia e Itália.

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