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Teresina - Piauí

Aline Conrado sobre irmã baleada por PMs: “que paguem pelo que fizeram”

Geovanna Gabriely foi baleada por policiais militares do Maranhão na madrugada do último sábado (26).

A cantora Aline Conrado compareceu à sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) na manhã desta terça-feira (29), onde prestou depoimento após sua irmã de 12 anos ser baleada por policiais militares do Maranhão, fato ocorrido na madrugada do último sábado (26), na zona sudeste de Teresina. A artista concedeu entrevista ao GP1 e, em tom de desabafo, pediu por Justiça.

À nossa reportagem, a artista contou detalhes da madrugada em que tudo aconteceu. Ela conta que estava fazendo um show em Timon e toda a sua família estava lá. Na volta para Teresina, Aline e o namorado saíram em um carro e foram para outro evento, enquanto o pai, a mãe e a irmã, Geovanna Gabriely, seguiram para casa em outro veículo. Pouco tempo depois ela recebeu uma ligação da mãe, informando o ocorrido.

Foto: Lucas Dias/GP1Aline Conrado
Aline Conrado

“Quando eu cheguei lá [no evento] a gente ainda ouviu três músicas do artista que estava se apresentando, quando minha mãe ligou e a gente ficou sabendo do ocorrido. Fomos imediatamente para o HUT, quando chegamos lá minha irmã já tinha entrado, meu pai estava lá dentro e minha mãe lá fora”, detalhou Aline Conrado.

Ainda segundo a cantora, os policiais militares que atiraram em sua irmã prestaram socorro. “Os policiais também estavam lá. Prestaram [socorro]. Levaram meu pai, minha irmã e minha mãe para o hospital”, disse.

Pai disse que tinha criança no carro

Foto: Lucas Dias/GP1Cantora Aline Conrado
Cantora Aline Conrado

Aline Conrado relatou que no momento em que sua família foi abordada seu pai chegou a dizer aos policiais que tinha uma criança no veículo. “Ele saiu do carro, levantou as mãos e disse que tinha criança, e como todos estão sabendo, eles só saíram do carro, chegaram atirando. Eles saíram encapuzados e sem farda, minha irmã gritou que era assalto e meu pai, como todo pai poderia fazer com uma criança dentro do carro, mandou elas se abaixarem e acelerou o carro, e eles atiraram”, explicou.

“Que eles paguem pelo que fizeram”

Por fim, a cantora fez um desabafo, falando da revolta que a família está sentindo e ressaltando que vai lutar por Justiça. “O sentimento é de revolta, porque quem era para proteger a gente infelizmente não faz, foram totalmente negligentes. A gente foi negligenciado, porque com certeza se eles tivessem se identificado nunca meu pai teria acelerado, porque a gente não deve nada a ninguém, a gente é trabalhador. Infelizmente aconteceu isso, uma fatalidade da vida, e agora estamos querendo Justiça, que eles paguem pelo que fizeram”, concluiu.

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