Na última terça-feira (29), os diretórios nacionais do PSDB e do Podemos aprovaram, por unanimidade, a formação de uma federação partidária que visa consolidar o centro político no país. A união ainda será submetida à análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, se aprovada, dará origem a um novo partido, que provisoriamente tem sido chamado de “PSDB-Podemos”. Na manhã desta terça-feira (6), o presidente estadual do PSDB no Piauí, Luciano Nunes, comentou a nova federação e destacou o objetivo de ampliar a força política do bloco nas próximas eleições.
“Sem dúvida nenhuma que, com a união de forças, nós esperamos que a partir dessa fusão outros partidos também possam se agregar — seja por meio de federações, seja por novas fusões. O objetivo é claro: fortalecer a sigla e garantir chapas proporcionais competitivas para os próximos pleitos”, afirmou.

Luciano frisou ainda que as decisões sobre os rumos da federação no estado serão tomadas de forma coletiva. “Vamos abrir toda a discussão. Essa é uma decisão conjunta, não é individual. Respeitaremos o tempo e o momento de cada liderança, observando como a federação será formalizada e como será composto o diretório. A ideia é fortalecer tanto nas eleições estaduais quanto federais.”
Por fim, o dirigente estadual reforçou a importância da representatividade parlamentar para a sobrevivência das legendas. “Um partido só se mantém vivo se tiver presença na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Esse é o objetivo da fusão: garantir sobrevivência política e ampliar nossa representatividade. PSDB e Podemos já têm relevância nacional, e acreditamos que essa união pode gerar bons frutos também aqui no Piauí”, concluiu.
A fusão em números
Com a unificação, o novo partido passará a ocupar lugar de destaque no cenário político nacional, com direito à 6ª maior parcela dos recursos públicos para financiamento de campanhas em 2026. A divisão será calculada com base no desempenho eleitoral de 2022, independentemente da saída de parlamentares durante o processo de fusão.
Veja os principais números atuais da federação: 28 deputados federais (7ª maior bancada da Câmara); 7 senadores (4ª maior força no Senado); 405 prefeitos (7º maior número entre os partidos); 3 governadores em exercício; R$ 384,6 milhões em fundo eleitoral (dados de 2024 — 6ª maior fatia do Fundão); R$ 77 milhões em fundo partidário (2024 — 8º maior volume de recursos).
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