O senador Marcelo Castro (MDB) declarou, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (9), que as articulações para a formação da chapa majoritária visando à reeleição do governador Rafael Fonteles (PT) estão bem encaminhadas. Segundo ele, caberá ao governador liderar o processo e reunir os partidos aliados para definir os nomes que irão compor os cargos de vice-governador, senador e suplentes ao Senado. “As conversas estão avançadas, mas naturalmente chegará o momento em que o governador Rafael Fonteles, como principal articulador, reunirá os partidos da base. Cada um fará suas reivindicações e, a partir daí, buscaremos o entendimento”, afirmou o senador.
Marcelo Castro destacou que o MDB está preparado para o debate e que, apesar de ter sido um dos partidos que mais cresceram nas últimas eleições, não fará exigências além da manutenção dos espaços que já ocupa. “O MDB foi o partido que mais cresceu no Piauí e o mais vitorioso nas últimas eleições. Mesmo assim, não estamos pleiteando mais do que temos. Nosso desejo é apenas manter os espaços que já ocupamos, como o cargo de senador, que é o meu, e o de vice-governador, ocupado por Temístocles Filho”, explicou.

Questionado sobre a possibilidade de o MDB perder a vaga de vice na chapa, o senador afastou qualquer chance de rompimento com o governo. Ele reafirmou o compromisso histórico do partido com o PT e a disposição de seguir na base aliada, independentemente da configuração final da chapa. “Isso está fora de questão. Somos aliados de longa data do PT, temos uma relação sólida de confiança, tanto no governo estadual quanto no federal. O que for definido por consenso será acatado por todos os partidos”, reforçou.
Ao comentar o atual cenário político, Marcelo também negou que haja um “racha” na base do governo federal, apesar de algumas divergências pontuais em votações no Congresso Nacional. “Não vejo rachadura. Pelo contrário, vejo uma base sólida. Divergências existem em qualquer governo, mas isso não significa divisão.”
Por fim, o senador comentou o cenário envolvendo as viagens simultâneas do governador Rafael Fonteles e do vice-governador Themístocles Filho. Durante esse período, a Presidência da Assembleia Legislativa do Piauí assumirá interinamente o comando do Estado. A situação, segundo ele, está prevista na Constituição e faz parte da normalidade institucional.
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