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Piauí

Construção da ponte "Mestre Raimundo Duarte" em Picos não sai do papel

Mais de seis meses após a assinatura da ordem de serviço o governo do estado ainda não deu sequer início à obra e a comunidade picoense protesta contra o descaso

Anunciada com estardalhaço pelas lideranças políticas do município ligadas ao governo do estado, a construção da ponte sobre o Rio Guaribas situada na chamada rua “Mestre Raimundo Duarte”, interligando o centro de Picos ao bairro Boa Sorte, ainda não saiu do papel, fato que tem causado a indignação dos moradores.

Mais de seis meses após o governador Wilson Martins (PSB) ter assinado a ordem de serviço em solenidade realizada no Palácio de Karnak com a presença do prefeito de Picos Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), e outras lideranças do município, a obra sequer foi iniciada e nem tem qualquer previsão de quando isso vai acontecer.
Imagem: José Maria BarrosAnteriormente os moradores utilizavam passagem improvisada(Imagem:José Maria Barros)Anteriormente os moradores utilizavam passagem improvisada
Imagem: José Maria BarrosGalpão onde deveriam ficar os operários está abandonado(Imagem:José Maria Barros)Galpão onde deveriam ficar os operários está abandonado
Segundo os moradores do bairro Boa Sorte, na época em que foi assinada a ordem de serviço, o deputado Kleber Eulálio (PMDB) chegou a fazer uma visita ao local, juntamente com alguns aliados políticos e o engenheiro Luiz Francisco do Rego Monteiro Filho, proprietário da empresa Reconcret, responsável pela obra, oportunidade em que teriam garantido que o serviço seria concluído em seis meses.

Entretanto, passados quase sete meses do anúncio a realidade é outra bem diferente. A obra sequer foi iniciada e atualmente no local não existe qualquer máquina ou operário trabalhando, mas apenas um vigia cuidando dos galpões que foram instalados para abrigar os trabalhadores contratados pela empresa Reconcret. Aliás, onde deveria está instalado o canteiro de obras o cenário é de completo abandono.
Imagem: José Maria BarrosMais de seis meses após a assinatura da ordem de serviço nada foi feito ainda(Imagem:José Maria Barros)Mais de seis meses após a assinatura da ordem de serviço nada foi feito ainda
Antes da chegada da empresa, existia no local uma passagem improvisada feita com dois postes de concreto e que era utilizada pelos moradores para trafegarem de um lado do rio para o outro. Na época, os operários da Reconcret construíram uma pequena passagem ao lado, mas pouco tempo depois foi levada pelas águas do Rio Guaribas. Atualmente, se quiserem se deslocar ao centro ou vice versa as pessoas têm que dar uma longa caminhada até uma outra ponte situada na rua Marcos Parente.

Como uma grande área próxima ao local onde seria construída a ponte foi cercada com madeira, pequenos comerciantes instalados nas proximidades tiveram enormes prejuízos com a queda nas vendas, tendo em vista que os clientes tinham dificuldades de se aproximar dos estabelecimentos.
Imagem: José Maria BarrosPassagem improvisada coonstruída pela Reconcret foi levada pelo rio Guaribas(Imagem:José Maria Barros)Passagem improvisada coonstruída pela Reconcret foi levada pelo rio Guaribas
O dono de um bar tradicional instalado próximo a passagem do “Mestre Raimundo Duarte” disse que anteriormente vendia em torno de 45 caixas de cerveja por semana, mas, desde que o local foi interditado a clientela sumiu e hoje as vendas não chegam a 15 caixas de cervejas semanais.

A obra


Orçada em R$ 6.568.333,16, recursos oriundos de empréstimo do governo do estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a nova ponte sobre o Rio Guaribas com extensão de 101,74 metros, deveria ser construída pela empresa Reconcret – Recuperação e Construção Ltda num prazo de 210 dias. Porém, passados quase sete meses o serviço continua parado e sem nenhuma previsão de quando vai reiniciar.
Imagem: José Maria BarrosPassagem improvisada coonstruída pela Reconcret foi levada pelo rio Guaribas(Imagem:José Maria Barros)Passagem improvisada coonstruída pela Reconcret foi levada pelo rio Guaribas
Imagem: José Maria BarrosVista atual do local onde deveria ser construída a ponte(Imagem:José Maria Barros)Vista atual do local onde deveria ser construída a ponte
No último dia 23 de dezembro o governo do estado firmou o primeiro termo de adiamento da obra, acrescentando ao período de vigência do contrato mais 180 dias. Com isso, se a construção tivesse iniciado no prazo correto, a nova previsão de conclusão da obra era dia 12 de julho deste ano. Entretanto, tudo leva a crer que mais uma vez a promessa não será cumprida.

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