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Presidente da Agespisa Antonio Filho concede entrevista sobre a operação da Polícia Federal

A entrevista acontece no auditório da empresa na Frei Serafim, em Teresina.

O presidente da Agespisa, Antonio Filho, concede na tarde desta quinta-feira (31) entrevista coletiva à imprensa sobre a operação "Rio Verde" realizada pela Polícia Federal na manhã de ontem (30). a entrevista aconteceu no auditório da empresa, na Avenida Frei Serafim, em Teresina.

Imagem: Amanda Dantas/GP1Entrevista coletiva concedida pela Agespisa(Imagem:Amanda Dantas/GP1)Entrevista coletiva concedida pela Agespisa

Durante a operação, duas pessoas foram presas em flagrante, o Diretor de Operação e Expansão do Interior, José de Araújo Dias, que é tio do ex-governador e senador Wellington Dias e o engenheiro sanitarista Kleton Barata, que foram liberados ainda na tarde de ontem após pagamento de fiança.

O presidente Antonio Filho afirmou que está colaborando com a Polícia Federal e que não existe motivo para preocupação da população sobre a qualidade da água.

Imagem: Amanda Dantas/GP1Presidente Antônio Filho(Imagem:Amanda Dantas/GP1)Presidente Antônio Filho

"A Agespisa tem plena convicção do tratamento e celeridade do que é feito nessa casa. Então, tranquilizamos a população. A princípio lamentamos o efeito da operação. A própria Agespisa trabalha no sentido de identificar todos os pontos de esgoto que não são tratados pelas redes de esgoto da Agespisa. Nós fornecemos isso ao Ministério Público e a Polícia Federal. Trabalhamos junto com órgãos voltados ao meio ambiente, para identificar essas áreas de lançamento. Nós aceitamos todas as aquisições solicitadas a essa casa. Demos acesso ilimitado para Polícia Federal a todos os dados, desde documentação a mídia eletrônica. Queremos tranquilizar a população em referência a água. Informamos que estamos autorizando uma auditoria ambiental. Porque se tiver erro, iremos resolver. Estamos a disposição da sociedade para qualquer esclarecimento", disse.

Logo em seguida, o presidente passou a palavra para o gerente de Produção e Qualidade da água da companhia, Benedito Bezerra, que explicou como é feito o processo de tratamento da água coletada.

"A Agespisa tem a responsabilidade de produzir água sobre portarias e decretos. A engenharia trabalha sobre normas. A portaria máxima é a 8914/11 do Ministério da Saúde que nos orienta desde a captação da água e todas as fases intermediárias para podermos aduzir para os reservatórios e depois para o consumo humano em suas residências. Quanto a questão do monitoramento, nós temos um laboratório de monitoramento feito pelo próprio operador da estação, porque são parâmetros oficiais. Paralelamente temos um laboratório de média complexidade que realiza análise de maior complexidade. Essas análises são feitas segundo normas da portaria do Ministério da Saúde", explicou o gerente.

Imagem: Amanda Dantas/GP1Gerente de Produção e Qualidade, Benedito Bezerra(Imagem:Amanda Dantas/GP1)Gerente de Produção e Qualidade, Benedito Bezerra

O gerente também declarou que a Agespisa trabalha com laboratórios de alta complexidade e sistema de monitoramento da água distribuída pela cidade. "O nosso processo é contínuo. 24h. Além dessas análises, desde a captação e as fases seguintes e água tratada, o laboratório tem uma programação diária de monitoramento da água distribuída em pontos diversos da cidade para que se tenha um histórico da validade da água distribuída.
Não podemos negar que empresas maiores tem mais facilidades de alcançar procedimentos mais complexos, mas temos a vontade de persistir objetivos. Dificilmente uma empresa de saneamento consegue completar todas as etapas que regem a portaria".

Segundo o advogado e assessor Jurídico da Agespisa, Joaquim Almeida, o diretor de operações José Araújo Dias foi liberado após o pagamento de fiança de 10 salários mínimos e o engenheiro Kleton Barata com 20 salários mínimos.

Imagem: Amanda Dantas/GP1Advogado da Agespisa, Joaquim Almeida(Imagem:Amanda Dantas/GP1)Advogado da Agespisa, Joaquim Almeida

O advogado ainda criticou a prisão pela polícia federal e afirmou que apesar de ter o apoio da justiça, a prisão foi ilegal e teria sido feita com o objetivo midiático. Para o advogado, a prisão foi algo desnecessário para as investigações.“Toda prisão tem uma finalidade, ou o crime cesse imediatamente ou a proteção do processo de investigação. O que vimos foi de uma profunda ilegalidade e constrangimento. Os funcionários foram na Polícia Federal a convite para prestarem depoimentos, já que os dados já haviam sido repassados, quando chegaram lá, ouviram uma voz de prisão. Qual a finalidade? Ninguém sabe porque os documentos já estavam sendo coletados aqui na Agespisa. A prisão não iria parar nenhum tipo de poluição. O que se viu de fato foi uma ação para amendrontar a população.", criticou.

O advogado citou parte da sentença do juiz e levantou que os problemas de poluição já vem de longa data. "É provável que essa firmada conduta ilícita não surgiu do dia para noite. Trata-se de um fato que vem se arrastando por meses, quiçá, anos. Há outras medidas mais adequadas ao caso do que a prisão". citou.

“É claro que a polícia federal não viria sem o apoio da justiça, mas eu não tenho duvidas em dizer que a prisão foi algo ilegal contras os dois funcionários que cumprem a sua função”, disse. O advogado concluiu afirmando que a companhia vai acompanhar todo o processo de investigação feito no âmbito da Justiça Federal. "Vamos acompanhar todo esse desenvolvimento e esse processo na Justiça Federal. O presidente Antonio filho solicitou o acompanhamento".

A assessoria de comunicação da Agespisa afirmou que os servidores não serão punidos após a prisão e que eles retornam ao trabalho na próxima segunda-feira (4).


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