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Site nacional afirma que o Parque da Serra da Capivara sofre para preservar sítios arqueológicos

Segundo a reportagem, o parque enfrenta o desafio de atrair turistas para uma área de difícil acesso e de conseguir manter a estrutura mesmo sem o repasse regular de verbas federais.

A agência Deutsche Welle e o site Terra, publicou matéria falando sobre as dificuldades do estado em manter Parque Nacional da Serra da Capivara , que é considerado um Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade da Unesco.

Segundo a reportagem, o parque enfrenta o desafio de atrair turistas para uma área de difícil acesso e de conseguir manter a estrutura mesmo sem o repasse regular de verbas federais. A reportagem também fala sobre o aeroporto de São Raimundo Nonato, que teve suas obras iniciadas em 1998, mas está em sua fase de conclusão, com previsão para ser inaugurada em 2014.

Imagem: APPImagem mostra pinturas rupestres na Serra da Capivara, no Piauí (Imagem:APP)Imagem mostra pinturas rupestres na Serra da Capivara, no Piauí 

"O pior problema é o acesso", constata Ana Stela Negreiros, representante do Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em São Raimundo Nonato, um dos quatro municípios onde fica o parque. "A estrutura está completa, o parque já esteve em uma situação econômica bem melhor, mas hoje está vivendo com muito menos dinheiro", diz.

O Parque Nacional da Serra da Capivara é gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do Ministério do Meio Ambiente. Fernando Tizianel, chefe do Parque Nacional da Serra da Capivara e representante local do ICMBio, reconhece que o modelo de arrecadação e financiamento não é o ideal.

Fernando Tizianel ressalta, porém, que o aeroporto sozinho não resolveria o problema. "Junto com o aeroporto tem que vir ordenamento do próprio estado e do município, não adianta ter aeroporto se não houver planejamento conjunto para receber esse turista, porque o parque já tem capacidade de receber um fluxo muito maior do que recebe hoje", diz.

Com a dificuldade enfrentada pela Fundação em conseguir novas verbas, ele reconhece que haverá uma "queda expressiva da qualidade do serviço de proteção" dos sítios arqueológicos, incluindo a flora típica da caatinga, um ecossistema exclusivamente brasileiro.

Em três desses sítios abertos à visitação, é possível encontrar vestígios antigos de presença humana. Segundo dados da Fundham, a Toca do Boqueirão do Sítio da Pedra Furada ostenta pinturas rupestres com 23 mil anos. Já na Toca do Sítio do Meio, foram encontrados fragmentos da cerâmica mais antiga das Américas, com 8.960 anos. E as escavações, ainda não finalizadas, na Toca do Caldeirão do Rodrigues 1º encontraram pinturas de 12 mil anos e vestígios da presença humana datadas de 18 mil anos.

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