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Teresina é a segunda capital brasileira com mais sedentários, revela pesquisa

Utilizar os horários livres para ficar em frente à televisão é um costume que estimula as práticas sedentárias.

Mais de 80% da população teresinense ainda se retrai quando o assunto é fazer exercícios físicos. Esse dado coloca a capital piauiense (13%) como a segunda, ao lado de Rio Branco, no Acre, em número de pessoas maiores de 18 anos que são consideradas sedentárias, ficando atrás apenas de João Pessoa (11%), na Paraíba.

Índice que supera a média nacional que é de 70%. É o que revela a pesquisa "Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL Brasil)", do Ministério da Saúde, divulgada neste mês. Neste ranking, o Distrito Federal está entre as capitais em que a população mais pratica atividade física, com 22%.

A pesquisa considerou pessoas que fazem esforço leve ou moderado por pelo menos 30 minutos por dia, em cinco ou mais dias durante a semana como caminhada, caminhada em esteira, ginástica, alongamento, natação, ciclismo, hidroginástica. Também considerou as atividades fortes, que duram em torno de 20 minutos diários, como corrida, ginástica aeróbica ou esportes mais intensos como futebol, basquete, etc. E não é só de frequentar academia que a população está fugindo. O sedentarismo acontece quando a pessoa gasta poucas calorias diárias com qualquer tipo de atividade física como uma caminhada até o trabalho, à escola ou subir e descer escadas.

As desculpas são muitas. Falta de tempo, falta de companhia, medo de lesões ou não ter mais idade para tal esforço são alguns dos argumentos utilizados por quem prefere o conforto do sofá ou deseja somente o descanso após um longo dia de trabalho. Hoje em dia, até os movimentos mais simples como ir do sofá à televisão para mudar de canal ou limpar a própria casa são expressamente evitados. Como para muitas dessas atividades já têm uma máquina como substituto, é sempre mais fácil se entregar a preguiça. Já para os mais agitados, com trabalho, estudo, filhos, lotando a agenda, fazer exercício físico nem sempre é prioridade. Mas tudo tem um preço. A praticidade do mundo moderno, no qual imperam tecnologias que exigem cada vez menos esforço físico, traz mais consequências do que se imagina.

Classificado como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMG), o sedentarismo mata mais que o tabagismo e é raiz para o desencadeamento de doenças gravíssimas como obesidade, colesterol alto, diabetes, hipertensão, tabagismo e infarto cardíaco. A falta de atividade física é capaz de reduzir em até 10 anos a expectativa de vida. Já praticar exercícios pode reduzir o risco de desenvolver essas doenças em até 50%. "Quem não faz atividade física tem muito mais facilidade de desenvolver doenças degenerativas. A principal é a arteriosclerose, que é a obstrução dos vasos por placas de gordura. É um evento que acomete todo ser humano desde a infância, mas em pessoas sedentárias ou acima do peso, isso ocorre mais rapidamente", explica o endocrinologista Salustiano Moura.

De acordo com o médico, as maiores causas de mortes são infarto (54%) e derrame cerebral (50%), doenças bastante associadas com o sedentarismo. "São consequências do entupimento das artérias. No indivíduo sedentário as chances disso acontecer são maiores". Para a OMG, o sedentarismo está se transformando num problema grave de saúde pública, uma epidemia de nível global.

Utilizar os horários livres para ficar em frente à televisão é um costume que estimula as práticas sedentárias. Segundo a pesquisa VIGITEL Brasil, 28% dos teresinenses entrevistados passam três ou mais horas assistindo TV. Para piorar, ainda cultivam hábitos pouco saudáveis como consumir bebida alcoólica (20%) ou fumar (13,3%) e se alimentar mal. Dos entrevistados, apenas 15% consomem acima de cinco porções diárias de frutas. Como uma das consequências, 43,2% está acima do peso, 13,4% da população da capital está obesa, apresentando sérios riscos para a saúde.

* Com informações do Diário do Povo


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