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Advogado João Neto bate-boca com Procurador Frederico Viana

"Teve bate-boca, eu disse que ele [Procurador Frederico Viana] estava infringindo a ética ao se reunir sem a presença e autorização do advogado", relatou João Neto ao GP1.

Na tarde desta quinta-feira (28), durante audiência da operação Zelotes, houve um bate-boca entre advogados e o Procurador da República, Frederico Paiva. Entre eles estava o piauiense João Alberto Soares Neto, que representa o réu Halysson Carvalho Silva, também natural do Piauí.

Em entrevista ao GP1, João Neto relatou como tudo aconteceu. Segundo ele, no início da audiência, ele pediu para que fosse registrado em ata que seu cliente não iria delatar porque ele é inocente. "Estão tentando barganhar uma delação em troca de parecer favorável", contou.

João Neto explicou que fez o pedido, após Halysson contar que o Procurador Frederico Viana o procurou para oferecer uma delação premiada: "Quando sentei na cadeira, o Halysson disse que teria sido peitado pelo Procurador Federal Frederico Viana dizendo "vamos relatar, o parecer vai ser favorável", dando a entender que o parecer só seria favorável se ele delatasse".
Imagem: Lucas Dias/GP1Advogado joão Neto(Imagem:Lucas Dias/GP1)Advogado joão Neto
"Ele não pode se reunir sem autorização e sem a presença do advogado e ainda propondo uma delação. Eu quis deixar registrado aos magistrados que estava havendo essas investidas, porque não tem provas para condenar e estão buscando a todo custo uma condenação através da delação", explicou.

Ainda de acordo com João Neto, assim que ele contou o que aconteceu, outros dois advogados disseram que seus clientes sofreram o mesmo que Halysson e que o Ministério Público e o delegado federal estão coagindo e tentando a qualquer custo a delação.

"Teve bate-boca, eu disse que ele [Procurador Frederico Viana] estava infringindo a ética ao se reunir sem a presença e autorização do advogado, ele retrucou dizendo que eu era antiético, foram cortados os microfones e depois os ânimos se acalmaram", finalizou.

Operação Zelotes

Deflagrada em março de 2015, a Zelotes investiga a suposta venda de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) por parte de conselheiros do órgão ligado ao Ministério da Fazenda e também o suposto pagamento de propina na edição de três medidas provisórias: 471 (de 2009), 512 (de 2010) e 627 (de 2013).

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