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Semar participa da II Conferência da Caatinga em Fortaleza

Rico em biodiversidade, o bioma da Caatinga abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas.

O Governo do Piauí, através da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Semar participa na cidade de Fortaleza (CE), da II Conferência da Caatinga. A Semar expõe no evento, vídeos e fotos relacionadas ao semiárido piauiense. De acordo com a Diretora de Parques e Florestas, Cláudia Tavares, o evento é uma grande oportunidade para discutir as experiências exitosas realizadas no bioma Caatinga, beneficiando as comunidades, assim como as políticas de convivência com o semiárido.

“O bioma é de extrema importância para a região Nordeste, especificamente o Estado do Piauí. Levamos em consideração que segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga ocupa uma área de cerca de 840 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. Portanto, merece uma discussão ampla sobre vários temas, dentre eles, a sobrevivência de várias espécies de animais”, ressalta Cláudia.

  • Foto: Divulgação/AscomConferência da Caatinga em FotalezaConferência da Caatinga em Fotaleza

Rico em biodiversidade, o bioma da Caatinga abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente dos recursos do bioma para sobreviver.

De acordo com a coordenadora do evento, Rosana Garjulli, a conferência vem sistematizando todos os resultados obtidos a partir dos compromissos firmados na primeira edição do evento, realizada em 2012. Contudo, houve dificuldades na coleta de informações para a sistematização dos dados. Conforme salientou Rosana Garjulli, há seis anos, o Ceará apresentou 23 compromissos e implementou alguns avanços, entre estes a criação da Política Estadual sobre Inovações Científicas, da Política de Convivência com o Semiárido e da Política de Resíduos Sólidos.

O consultor de Planejamento Regional em Recursos Hídricos e Desenvolvimento Sustentável no Semiárido, José Otamar de Carvalho, promoveu a palestra “O bioma Caatinga e outros territórios frágeis do Nordeste”. Ele apontou que o aquecimento global está ampliando as áreas suscetíveis à escassez de recursos hídricos. Segundo ele, os efeitos da última seca, de 2012 a 2017, só não foram socialmente mais graves por conta das políticas implementadas pelo Governo Federal, como o programa Bolsa Família.

“Se antes tínhamos programas emergenciais, hoje temos programas permanentes”, salientou. Apesar desses investimentos, o pesquisador explicou que as áreas rurais do Nordeste concentram ainda os maiores índices de pobreza. Otamar de Carvalho revelou ainda que, desde os primeiros registros de seca, no século XVI, o fenômeno já aconteceu 73 vezes no Nordeste, sendo 40 anuais e 33 plurianuais.

A diretora da Semar, Cláudia Tavares, disse que todas as discussões sobre o bioma Caatinga estão sendo acompanhadas pela equipe da Semar e que as informações serão anexadas a um relatório que servirá para o Estado do Piauí, analisar as ações desenvolvidas no semiárido piauiense, especificamente, relacionadas à Caatinga.

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