Fechar
GP1

Piauí

Empresário pede abertura de inquérito após ser vítima de golpe no Piauí

O pedido foi feito pelo empresário que é dono de dois hotéis em Barra Grande, litoral do Piauí.

O empresário e filho do ex-secretário Estadual de Saúde do Piauí, Mirócles Campos Véras, pediu a abertura de inquérito policial para investigar quatro pessoas pelo crime de estelionato. O pedido foi assinado no dia 12 de outubro e encaminhado para o delegado responsável pela Central de Inquérito para investigar Lucas Feltrin do Vale, Juliana de Oliveira Matos, Darlene da Silva Camargo e Fabiana Cristina Santana Silva.

De acordo com o pedido, Mirócles foi vítima de golpe perpetrado através de pagamentos autorizados nas máquinas de cartão de crédito administradas pela REDECARD, tendo sido ludibriado a efetuar reservas de hospedagens em dois hotéis de sua propriedade, La Plage e Rota dos Ventos, localizados em Barra Grande, e pagamentos de comissões a terceiros, o que lhe causou lesão patrimonial de R$ 123.638,99 (cento e vinte três mil, seiscentos e trinta e oito reais e noventa e nove centavos).

Consta que em meio a negociação das tarifas, houve dificuldade para efetuar o pagamento incialmente, sendo solicitado o suporte da REDECARD, conforme orientado pelo supervisor local, Ricardo Pimentel, sendo a transação de Walker, em seguida, aprovada pela REDECARD junto ao hotel La Plage em 29.07.2022: a primeira no valor de R$ 50.000,00 e outra de R$ 25.000,00.

“Em 05.08.2022, o primeiro pagamento de reservas foi creditado para o hotel LA PLAGE e o Sr. Walker solicitou ao Autor que procedesse a antecipação dos valores recebidos, a fim de que houvesse o pagamento de comissões para seus agentes de logística: a Sra. Juliana e o Sr. Lucas (beneficiários dos valores depositados); e posteriormente também indicadas as Sras. Darlene e Fabiana, as quais não chegaram a receber valores”, diz trecho do pedido feito por Mirócles Veras.

O empresário relatou então que por acreditar que a operação estava assegurada pela REDECARD, obteve a antecipação da operação de R$ 75.000,00, conseguindo o valor de R$ 72.072,28, por meio da conta corrente do Hotel La Plage, e com isso, transferiu para Juliana Oliveira, o valor de R$ 15.000,00 e de R$ 21.823,00 em 09.08.2022, como comissões acertadas para supostos agentes de logística.

Nova reserva

Já no dia 15 de agosto de 2022, 15 dias após a primeira operação, Mirócles Veras contou que negociou nova reserva com Walker no valor de R$ 101.000,00, dividido em 2 depósitos (R$ 51.000,00 e o segundo no valor de R$ 50.000,00 perante a conta do hotel Rota dos Ventos. Sendo que de tal montante, ele recebeu efetivamente R$ 98.788,10, após 30 dias com descontos das taxas de operação da REDECARD.

“Até o referido momento acima, não houve qualquer desconfiança dos envolvidos, vez que ambas as operações haviam sido aprovadas perante os dois hotéis. Então, foram realizados novos pagamentos de comissões do hotel Rota dos Ventos para a Sra. Juliana de Oliveira, a pedido do Sr. Walker, sendo realizados depósitos de R$ 4.599,99; R$ 60.000,00; e R$ 14.216,00 entre 25/08 e 31/08/2022”, alegou o empresário.

Operação contestada

O pedido afirma ainda que no dia 29 de agosto deste ano, a REDECARD informou que a primeira operação (R$ 75.000,00) havia sido contestada, apesar de que o hotel La Plage já tivesse recebido, inclusive, de forma antecipada e autorizada pela própria REDECARD, o que causou estranheza, pois a operação já havia sido completada.

Novo adiantamento

Já no dia 05 de setembro, em atenção a mais um pedido de adiantamento para logística dos agentes que receberiam os hóspedes, Mirócles Veras por meio do hotel Rota dos Ventos procedeu com a transferência de comissão no valor de R$ 8.000,00, desta vez para outro agente indicado por Walker, Lucas Feltrin do Vale.

“Em 13.09.2022 e em 22.09.2022, o Autor, por meio do hotel Rota dos Ventos, procedeu novas vendas para o Sr. Walker, sendo a primeira no valor de R$ 25.000,00 e a segunda no valor de R$ 25.000,00, as quais não foram creditadas desta vez”, pontuou o pedido.

Ao final do mês setembro, o departamento financeiro em conciliação mensal foi surpreendido com a retenção dos seus recebíveis na conta REDECARD e, após contato com a central de suporte da empresa, foi informado ao hotel que o valor da cobrança se referia as operações contestadas e canceladas.

“Em suma, os hotéis La Plage e Rota dos Ventos, realizaram operações aprovadas e autorizadas pela REDECARD; tais operações foram creditadas; e em seguida foram contestadas repentinamente e sem justo motivo. E agora, os hotéis estão sendo cobrados a devolver tais valores à REDECARD”, argumentou no pedido.

“A REDECARD aprovou transações, autorizou antecipações de tais valores, cobrou taxas de tais transações e, após 30 dias, as cancelou sem qualquer justificativa plausível, deixando o lojista/hotel usuário dos serviços em um completo pesadelo contábil, tendo em vista que: certo de que os pagamentos estavam ocorrendo normalmente, o autor realizou emissão de Nota Fiscal, recolhimento de Imposto, e ainda foi induzido a pagar comissões de hospedagem para terceiros apresentados como agentes de logística de viagem, ora denunciados, em mais de 123 mil reais”, diz trecho do pedido.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.