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Piauí

Promotor quer novas investigações contra dono de agência de turismo de Teresina

Rodrigo Angeline foi denunciado por três empresários, que afirmam ter sido vítimas de golpe.

O Ministério Público do Estado do Piauí quer uma análise conjunta dos inquéritos que investigam o empresário Rodrigo Angeline, suspeito da prática do crime de estelionato contra clientes.

Rodrigo Angeline foi denunciado por três empresários, que afirmam ter sido vítimas de golpe após comprarem passagens aéreas na agência Angeline Turismo.

O promotor Sávio Eduardo Nunes de Carvalho se manifestou nessa segunda-feira (11) pelo retorno dos autos a 12ª Delegacia de Polícia para que a autoridade policial “esgote suas atribuições, no sentido de intimar e perquirir novamente a vítima, bem como se buscar por testemunhas do fato e/ou que possuam o conhecimento técnico acerca da suposta prestação de serviço ofertada pelo investigado”.

A investigação

O empresário foi alvo de três boletins de ocorrência. O primeiro registrado no dia 22 de maio, onde a vítima relatou que em 4 de julho de 2022 comprou passagens aéreas cujo valor total soma aproximadamente R$ 138 mil. Na data da viagem, ao chegar no aeroporto, ele foi informado de que as passagens não existiam. O empresário afirma que procurou Angeline e ele disse que se tratava de um erro da companhia aérea, que deveria reembolsar o dinheiro. Em depoimento à polícia, a vítima disse que pesquisou e viu que o empresário não estava mais credenciado na referida companhia aérea.

A segunda denúncia foi feita também no dia 22 de maio. O empresário afirmou no Boletim de Ocorrência que em 25 de agosto de 2022 comprou passagens aéreas para Lisboa e Londres, no valor aproximado de R$ 60 mil. A vítima diz que o dono da agência não emitiu as passagens e garantiu que devolveria o dinheiro, mas até agora só teria devolvido R$ 10 mil em duas parcelas.

O terceiro Boletim de Ocorrência foi registrado no dia 31 de maio. A vítima, que também é um empresário, relatou ter comprado, em 11 de setembro de 2022, dez passagens aéreas para São Paulo (SP). O valor total da compra foi de R$ 9.900,00. Ocorre que, segundo a vítima, as passagens não foram emitidas e o dono da agência prometeu devolver o valor pago, o que não teria acontecido.

O que diz o empresário

Rodrigo Angeline foi ouvido pela polícia no dia 16 de junho. Nos depoimentos dos três inquéritos, ele negou qualquer intenção de enganar os clientes e que os três casos ocorreram após problemas com as companhias aéreas, que venderam passagens aéreas promocionais e posteriormente cancelaram as promoções. O empresário disse ainda que já desembolsou mais de R$ 80 mil para cobrir o prejuízo dos clientes.

Indiciamento

Nos relatórios dos três inquéritos distintos, o delegado Ademar Canabrava entendeu que os casos em questão se tratavam de estelionato, e por conta disso o empresário Rodrigo Angeline foi indiciado.

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