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Dono da loja Rei do iPhone pode pegar 5 anos de cadeia por furtar ovelha

Procurado pelo GP1, o empresário Vinícius Teixeira Castro disse que a denúncia não procede.

O empresário Vinícius Teixeira Castro, dono da loja Rei do iPhone, preso pela Polícia Civil nessa segunda-feira (05), sob suspeita de furto de energia e liberado no mesmo dia, após passar por audiência de custódia, responde a ação penal pelo delito tipificado no art.155, parágrafo sexto, do Código Penal, acusado de furtar uma ovelha, da raça dorper, pertencente ao pecuarista Edgar Gonçalves de Sousa, no município de Nazária-PI.

Segundo denúncia feita pelo Ministério Público, com base em inquérito policial, no dia 30 de agosto de 2020, o pecuarista foi informado pela esposa que dois homens, em um veículo (marca/modelo Jipe Troller, cor vermelha), haviam furtado uma ovelha da sua propriedade.

Foto: Reprodução/InstagramVinícius Teixeira
Vinícius Teixeira

Após realizar buscas pelas redondezas, sem sucesso, foi informado pelos moradores da região que o proprietário do veículo utilizado para a prática do crime de furto, estaria localizado no povoado “Sumaré de Dentro”, em Nazária-PI.

No endereço indicado, a vítima, acompanhada de uma equipe da Polícia Militar, foi recebida pelo empresário Vinicius Teixeira de Castro, que confessou a autoria do crime, alegando que, em diversas ocasiões, havia sido vítima de crimes de furto de animais, de modo que praticou o delito como forma de amenizar o seu prejuízo.

O empresário foi denunciado pelo Ministério Público por furto qualificado e a denúncia recebida em 09 de novembro de 2021 pela juíza Junia Maria Feitosa Bezerra, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina.

A audiência de instrução e julgamento foi designada para a próxima quarta-feira, dia 14 de setembro, a ser realizada através de videoconferência.

Como responde a outra ação penal pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, o empresário não preenche os requisitos para receber proposta de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), por parte do Ministério Público.

Caso seja condenado, o empresário poderá pegar de 02 a 05 anos de cadeia.

Outro lado

Procurado pelo GP1 na tarde desta quarta-feira (07), Vinícius Teixeira afirmou para a nossa reportagem que a denúncia não confere. Ele alegou que comprou um sítio assim que iniciou a pandemia da covid-19, em 2020, e contratou um caseiro para cuidar da propriedade. No entanto, o funcionário teria furtado os animais do vizinho e para não deixar o caseiro preso, assinou o boletim. Ele ressaltou que o processo está em segredo de Justiça e reafirmou que o suposto roubo supostamente praticado por ele não confere.

“Assim que chegou a pandemia eu comprei um sítio em Nazária e fizeram uns furtos em um poço tubular que eu coloquei lá, furtaram umas bombas. Depois coloquei um caseiro, mas ele tinha a fama de roubar animais e era ex-presidiário, os vizinhos chegaram até questionar porque eu dei trabalho e eu disse que estava dando uma oportunidade para ajudar. Só que teve esse problema com o caseiro e eles [vizinhos] denunciaram a minha casa. Como eu recebi o boletim, foi eu que assinei, mas a denúncia não confere. É uma coisa que desconfigura muito. Eu não sou um cara rico, mas não sou um qualquer, tenho uma empresa há mais de 10 anos, tenho dois pontos, não tem lógica um cara como eu estar roubando uma cabra de R$ 200. Infelizmente quando foi para assinar o B.O, que eu fui no distrito porque o caseiro estava preso e a mãe dele foi chorando me avisar. Foi feito até uma vistoria na minha chácara e esse carneiro não estava lá. A questão [furto] dessa cabra, jamais! uma cabra é R$ 200, mesmo que fosse um boi de R$ 3 mil eu jamais iria roubar. É que o caseiro estava preso no distrito e iria ficar preso porque era reincidente e eu assinei. Depois demiti ele porque descobri que até as bombas do meu sítio foi ele quem roubou", explicou Vinícius.

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