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Saiba quem são os piauienses alvos da "Operação Imprevidentes"

Eles são suspeitos de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de bens, direitos e valores.

O GP1 obteve acesso com exclusividade aos nomes dos quatro piauienses alvos da “Operação Imprevidentes”, deflagrada na manhã desta quinta-feira (09) pelo Ministério Público em conjunto com a Polícia Civil do Distrito Federal. São eles: Ney Ferraz Júnior, Emanuela Dourado Rebelo Ferraz, José Alves de Sousa Júnior, Jefferson Nepomuceno Dutra. Além deles, também é alvo a empresa Grid Agente Autônomo de Investimento Ltda.

Os suspeitos estão sendo investigados pela possível prática de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de bens, direitos e valores. Caso condenados, podem pegar até 22 anos de prisão.

Foto: DivulgaçãoNey Ferraz, Emanuela Dourado e Jefferson Nepomuceno
Ney Ferraz, Emanuela Dourado e Jefferson Nepomuceno

Levantamento feito pelo GP1 mostrou que um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido nas primeiras horas da manhã de hoje na residência de José Alves de Sousa Junior, localizada no bairro Dirceu, na zona sudeste de Teresina. Ele já atuou em cargo comissionado, no ano de 2019, na Secretaria de Administração e Previdência (SeadPrev). Na ocasião, José Alves de Sousa Júnior passou a ocupar o lugar de Jefferson Nepomuceno Dutra, que exercia a função de Coordenador de Apoio ao Gabinete, mas foi convocado para assumir a Diretoria de Investimentos do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF), que tinha como diretor-presidente o advogado e piauiense Ney Ferraz Júnior.

A esposa de Ney Feraz Júnior, Emanuela Dourado Rebelo Ferraz, também está entre os alvos da operação. Psicóloga, ela era comissionada no Governo do Estado do Piauí, na Câmara dos Deputados, e ainda ocupava o cargo de superintendente operacional de atenção pré-hospitalar do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pelas unidades de pronto atendimento (UPAs).

Investigações

As investigações da Polícia Civil do Distrito Federal tiveram início ainda no ano de 2021, com a apuração de irregularidades no Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev), no chamamento para o credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras.

Com o avanço das investigações, a Polícia Civil do DF representou pela busca e apreensão nos endereços dos alvos com o objetivo a consolidar e robustecer elementos probatórios para conclusão do inquérito em andamento, visando sedimentar a efetiva participação de cada integrante do grupo criminoso, a eventual identificação de outros envolvidos, além da apreensão de bens e valores para ressarcimento dos cofres públicos.

Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.

Segundo apurado, há indicativo de incompatibilidade entre o padrão de vida e os vencimentos percebidos pelos agentes públicos investigados. Foi verificado o recebimento de vultosas quantias em espécie e por meio de boletos, pelos investigados e por familiares.

São fortes os indícios do envolvimento de um dos sócios da empresa de investimentos com os servidores públicos, corroborando a hipótese investigativa de que os gestores do Iprev agiram em união de esforços para favorecer a destinação de recursos para os fundos de investimento representados pela empresa investigada, recebendo, como retribuição, vantagens indevidas pagas em espécie pelo responsável por ela.

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