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General Braga Netto é alvo de operação da Polícia Federal

Durante a ação policial o ex-ministro-chefe da Casa Civil teve o sigilo telefônico quebrado.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (12) uma operação, batizada como "Perfídia", para investigar um suposto esquema de superfaturamento de coletes balísticos durante a intervenção federal que ocorreu em 2018 no Estado do Rio de Janeiro. Um dos investigados nesta operação é o general Braga Netto, que foi nomeado pelo então presidente Michel Temer como interventor no estado.

O general teve o sigilo telefônico quebrado; no entanto, não há mandados de busca contra ele. Braga Netto foi ministro-chefe da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro (PL) e também foi candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022.

Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoBraga Netto
Braga Netto

Por meio de uma nota divulgada nesta terça-feira (12), a Polícia Federal informou que está cumprindo 16 mandados de busca e apreensão, sendo dez no estado do Rio de Janeiro, três em São Paulo, dois no Distrito Federal e um em Brasília. O caso investigado envolve a compra de 9.360 coletes balísticos da empresa norte-americana CTU Security LLC por mais de U$ 9 milhões, aproximadamente R$ 40 milhões na época. O Tribunal de Contas da União (TCU) apurou que esse valor indica um superfaturamento de R$ 4,6 milhões.

A investigação teve início nos Estados Unidos, quando a denúncia chegou às autoridades brasileiras por meio da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations, conhecida como HIS). O possível esquema criminoso foi descoberto pelas autoridades norte-americanas durante investigações relacionadas ao assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises, em 2021.

De acordo com a PF, a empresa norte-americana "foi responsável pelo fornecimento de logística militar para destituir Moises e substituí-lo por Christian Sanon, um cidadão americano-haitiano". Após a comunicação entre as autoridades dos dois países, o TCU identificou as irregularidades e estimou o superfaturamento, a partir do qual a polícia iniciou a investigação do caso.

Os crimes sob investigação incluem a dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva, bem como organização criminosa. A PF também afirmou que a operação investiga o envolvimento de duas empresas brasileiras que atuam no ramo do comércio e proteção balística, formando um cartel desse mercado no Brasil.

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