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Polícia

Grupo ligado a vereador de Nazária já tinha sido preso por aplicar golpe usando nome da Agespisa

Wanderson Fernandes e Raimundo Lopes foram denunciados acusados de aplicar golpes em nome da Agespisa.

O empresário Wanderson Fernandes Lima Negreiros, Raimundo Lopes Bezerra Filho e Danilo Ferreira e Silva, alvos da operação Vaga Fantasma, que culminou na prisão do vice-presidente da Câmara Municipal de Nazária, Cícero da Silva Rocha, na manhã desta terça-feira (02), já haviam sido presos ano passado pela Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática – DRCI, acusados de aplicarem golpes, dessa vez, utilizando o nome da Agespisa.

Wanderson Fernandes, Raimundo Lopes e Danilo Ferreira e Silva foram denunciados por crime de estelionato pelo Ministério Público do Piauí, em 5 de outubro de 2023, juntamente com Carlos Eduardo Monteiro e o empresário Alisson Alencar Jorge.

Foto: Lucas Dias/GP1Raimundo Lopes
Raimundo Lopes foi um dos presos na Operação Vaga Fantasma

Segundo a denúncia, o grupo atraía pessoas mediante promessa de emprego na Agespisa, e, munido dos dados pessoais destas vítimas, firmavam contratos fraudulentos de financiamentos de veículos. “Por meio desse ardil e com a posse dos dados pessoais das vítimas, os criminosos iniciavam processo de financiamento de veículo com a participação da empresa de venda de veículos denominada WFL Negreiros Veículos, sediada em Fortaleza-CE, sendo necessária, para a finalização do golpe, a coleta de biometria facial das pessoas ludibriadas, esta adquirida presencialmente sob o falso argumento de cadastro junto ao RH da empresa e contatação de seguro do veículo a ser utilizado pela vítima no suposto emprego”, consta na denúncia ajuizada pelo promotor Marcelo de Jesus Monteiro Araújo.

Os cinco denunciados exerciam as seguintes funções no esquema criminoso, conforme o Ministério Público:

Foto: GP1Alisson Alencar, Carlos Eduardo e Danilo Ferreira
Alisson Alencar, Carlos Eduardo e Danilo Ferreira

Carlos Eduardo Monteiro – segundo o órgão ministerial, atuava como recrutador, informando as vítimas acerca da existência de vagas de emprego para exercício da função de motorista e repassando seus contatos para a pessoa de Danilo Ferreira e Silva, obtendo vantagem econômica sobre cada pessoa indicada.

Danilo Ferreira e Silva – era responsável pela coleta de dados e da biometria facial dos aliciados, acompanhado de Raimundo Lopes Bezerra Filho, conforme a denúncia.

Raimundo Lopes Bezerra Filho – de acordo com o Ministério Público, coletava os dados pessoais da vítima, além de ser casado com uma funcionária da Agespisa, “o que dava mais credibilidade à ação criminosa, levando as vítimas ao erro em achar que estavam conseguindo emprego em órgão público como motoristas”.

Alisson Alencar Jorge – narra a denúncia que o acusado possuía um CNPJ (JJ Veículos) que era utilizado para reunir os cadastros forjados por Danilo Ferreira e apresentá-los a empresa financeira, dando aparência de negócio lícito ao esquema criminoso.

Wanderson Fernandes Lima Negreiros – dono da WFL Negreiros Veículos, responsável por intermediar os financiamentos fraudulentos, segundo o órgão ministerial.

Operação Vaga Fantasma

Deflagrada na manhã deste terça-feira (02) pelo 6º Distrito Policial, a Operação Vaga Fantasma teve como alvos o vereador Cícero Rocha, o empresário Wanderson Fernandes, Raimundo Lopes Bezerra e Danilo Ferreira – este último se encontra foragido.

Segundo o delegado Odilo Sena, titular do 6º DP, informou que o grupo aplicava golpes com falsa promessa de emprego na empresa Consórcio Teresina Ambiental (CTA), com os mesmos fins do esquema criminoso pelo qual já foram denunciados. “Existia um esquema que usava os dados de pessoas físicas, no caso, de pessoas que estavam desempregadas ou em vias de ser demitidas, existia a questão também das revendedoras de veículos, e os bancos. Essas três pontas eram as vítimas desse golpe. Era um triplo golpe, as pessoas físicas ficavam com restrição, os donos das empresas perdiam os seus veículos e os bancos perdiam os valores perdiam os valores emprestados, ainda ficavam com os veículos”, disse o delegado Odilo Sena.

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