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Política

Promotor de Justiça acusa Ministério Público do Piauí de atrapalhar aplicação da Lei Maria da Penha

"A linha telefônica eu consegui, mas a Procuradoria não disponibiliza internet para cá. Eu atribuo esse descaso a retaliação as denúncias feitas por mim", declarou Francisco de Jes

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarPromotor de Justiça Francisco de Jesus(Imagem:Reprodução)Promotor de Justiça Francisco de Jesus
O GP1 entrevistou o promotor de justiça, Francisco de Jesus Lima, responsável pela promotoria de Defesa da Mulher para falar das necessidades e dificuldades da mesma para eficácia da execução dos trabalhos. Francisco de Jesus revelou que a Promotoria nunca teve internet para catalogar os mais de cinco mil processos e atribuiu o descaso a retaliação ao seu trabalho.

“O juizado de combate a violência doméstica de Teresina é o melhor do país em termos de estrutura física. Agora nos temos uma grande deficiência, pois até hoje não dispomos de internet no prédio os mais de cinco mil processos temos que gravar na cabeça para organizar, pois não temos condições de catalogá-los. A linha telefônica eu consegui, mas a Procuradoria não disponibiliza internet para cá. Eu atribuo esse descaso a retaliação a denúncias feitas por mim, as minhas ações contra ao Ministério Público. Inclusive a única Promotoria da capital que não tem um funcionário é a da Defesa da Mulher. Nós não temos funcionário, apenas três estagiários”.

“O Tribunal deu um ótimo prédio onde temos várias áreas, a sala da equipe multidisciplinar, sala do núcleo de defesa da mulher, do defensor público, dos psicólogos, temos a sala da magistrada, enfim vários setores necessários para acompanhar os casos no mesmo prédio. O TJ não colocou a internet porque tem que fazer um processo de licitação é uma grande burocracia. O MP não contribui em nada e digo mais, o único problema da aplicação da Lei Maria da Penha em Teresina se chama administração superior do Ministério Público, porque não dota a Promotoria de pessoal e nem de recursos materiais. O Ministério Público do Piauí atrapalha aplicação da Lei Maria da Penha”, revelou Francisco de Jesus.

Indagado sobre a expectativa da administração com a eleição do novo Procurador-Geral, Antonio Vieira, Francisco de Jesus se mostrou otimista e destacou a boa conduta do mesmo.
“Estou muito esperançoso que ele mude algumas coisas no sentido de olhar para Promotoria da Defesa da Mulher. Inclusive tenho uma pasta de ofício com mais de 2 anos só solicitando ao corregedor, para ouvidora e para o procurador-geral melhorias para Promotoria da mulher. Mas infelizmente nunca obtive resposta. Pensei em reclamar ao Conselho Nacional, contudo não gosto de transferir problemas e com a chegada do doutor Vieira eu vou reiterar todos esses ofícios e encaminhar a ele, pois o mesmo acenou favorável para uma boa administração”, disse esperançoso.

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