A ideia é "dogmatizar" as alianças municipais entre os dois partidos: nas cidades em que o PSDB for mais forte, o DEM apoiará o candidato a prefeito, assim como os tucanos defenderão as candidaturas dos democratas nos locais onde estes tiverem mais chances de vitória.
"A fusão remete a uma discussão de médio prazo. Neste momento, vamos debater a compulsoriedade (das alianças)", afirmou o senador José Agripino Maia (RN), presidente do DEM. Para ele, a tese da aliança obrigatória deve ser colocada num documento a ser ratificado pelos partidos. "A solução adequada agora é fazer alianças para a disputa pelas prefeituras", disse o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira, para quem a fusão permitirá aos partidos atuarem mais "nacionalmente".
Na semana passada, líderes tucanos trouxeram a público a discussão sobre uma eventual fusão, que já se arrasta nos bastidores desde a eleição de 2010, quando os dois partidos perderam cadeiras no Congresso e viram seu poder de fogo diminuir.
Uma eventual fusão faria da legenda resultante a mais "rica", ao menos em termos de repasses do Fundo Partidário. Unidos, PSDB e DEM abocanhariam cerca de R$ 56 milhões do fundo em 2010, mais do que o PT (R$ 49 milhões) e o PMDB (R$ 37,6 milhões). Na divisão do tempo de propaganda eleitoral, o partido resultante também ficaria em primeiro lugar - mas essa vantagem é relativa, pois os tempos de TV de PSDB e DEM já são somados quando se coligam.
Embora haja manifestações favoráveis, o único consenso, neste momento, é jogar a discussão para depois da eleição. "Para a eleição de prefeito não dá", afirmou o advogado Tito Costa, autor do livro "Recursos em Matéria Eleitoral". Para ser válida na eleição de 2012, a fusão entre as duas legendas teria de sair até setembro, o que está fora da pauta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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