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Política

Preso pagou passagens aéreas de assessor do senador Ciro Nogueira

O senador Ciro Nogueira afirmou ter ficado "chocado" com a denúncia e disse que iria demitir o assessor após essas informações.

Começam a surgir novas informações sobre o envolvimento do senador Ciro Nogueira (PP) com o doleiro Alberto Youssef. Segundo o Estadão, o doleiro pagou passagem aéreas, de ida e volta, no valor de R$ 3.364,96 mil para um assessor de Ciro Nogueira e para um assessor do senador Cícero Lucena (PSDB-PB).

O assessor Mauro Conde Soares, que trabalha com Ciro Nogueira desde o início do seu mandato, e o assessor Paulo Gonçalves, que trabalha há oito anos com Cícero Lucena, foram os beneficiados. Os dois assessores trabalham na área de Orçamento, que é responsável pela liberação de recursos dos senadores.

Eles viajaram de Brasília para São Paulo no dia 4 de janeiro de 2012, mas retornaram no mesmo dia. Segundo informações obtidas pelo Estadão, os assessores viajaram pela empresa TAM e o boleto foi faturado pela Arbor Contábil, empesa contadora do doleiro Meire Poza.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Wellington e Ciro(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Wellington e Ciro
O Estadão entrou em contato com o senador Ciro Nogueira, que afirmou não ter conhecimento dessa viagem. O senador chegou a permitir que o jornal acompanhasse a conversa dele com o assessor, através do viva-voz, onde questionou sobre a viagem. O assessor Mauro Conde admitiu que fez a viagem e que tudo foi sem conhecimento de Ciro Nogueira.

“Eu viajei e não conversei com o senador Ciro Nogueira sobre isso. Assumo meu erro. Eles tinham interesse no fundo de pensão de Tocantins. Eu tinha trabalhado para um senador de lá, antes do gabinete do Ciro”, disse Mauro Conde.

O senador Ciro Nogueira afirmou ter ficado “chocado” com a denúncia e disse que iria demitir o assessor após essas informações. No caso de Cícero Lucena, o senador e seu assessor não foram localizados para comentar o caso.

Investigação

O Estadão afirmou que os investigadores do caso acreditam que os assessores foram para São Paulo para tratar de um fundo de investimento criado pelo doleiro. Haveria um acordo com políticos que receberiam 10% de comissão se conseguissem que fundos de pensão de prefeituras e estados colocassem dinheiro num fundo de investimentos da empresa Marsans Brasil, em nome do doleiro.

Alberto Youssef está preso desde março deste ano em uma penitenciária no estado do Paraná.
Imagem: ReproduçãoDoleiro Alberto Youssef(Imagem:Reprodução)Doleiro Alberto Youssef

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