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Política

Merlong Solano classifica de estapafúrdia e autoritária proposta de impeachment da presidente Dilma

O secretário falou primeiro dos aspectos negativos "dentre os quais destacam-se a liderança do Malafaia e do deputado nazista Bolsonaro (...)".

O secretário de Governo, Merlong Solano (PT) publicou em sua rede social, Facebook, texto sobre as manifestações ocorridas neste domingo (15) no Brasil contra o Governo Dilma Rousseff.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Merlong Solano(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Merlong Solano
O secretário falou primeiro dos aspectos negativos "dentre os quais destacam-se a liderança do Malafaia e do deputado nazista Bolsonaro, assim como a enorme manipulação da grande mídia golpista, a Globo à frente (a mesma que a pouco tempo pediu desculpas por ter apoiado a ditadura militar) e principalmente a estapafúrdia e autoritária proposta de impeachment da presidente Dilma Rousseff".

No aspecto positivo, Merlong destacou o combate à corrupção: "Prefiro, todavia, chamar atenção para um aspecto positivo deste movimento, que o iguala, quanto a este aspecto, às manifestações promovidas pelos sindicatos de trabalhadores na última sexta feira: o combate a corrupção. Neste quesito, as manifestações em lugar de enfraquecer, fortalecem o governo Dilma".

Confira abaixo texto na íntegra

MANIFESTAÇÕES E GOLPE

Sendo membro fundador do PT no Piauí, meu primeiro ímpeto é de ressaltar apenas os aspectos negativos das manifestações deste domingo, dentre os quais destacam-se a liderança do Malafaia e do deputado nazista Bolsonaro, assim como a enorme manipulação da grande mídia golpista, a Globo à frente (a mesma que a pouco tempo pediu desculpas por ter apoiado a ditadura militar) e principalmente a estapafúrdia e autoritária proposta de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Prefiro, todavia, chamar atenção para um aspecto positivo deste movimento, que o iguala, quanto a este aspecto, às manifestações promovidas pelos sindicatos de trabalhadores na última sexta feira: o combate a corrupção. Neste quesito, as manifestações em lugar de enfraquecer, fortalecem o governo Dilma. A presidente não tem "culpa no cartório" e agora se vê respaldada para anunciar novas medidas de combate á corrupção. Em seu governo as instituições de combate á corrupção funcionam com independência e têm orçamento adequado pra fazer as investigações; isto faz uma boa diferença e não acontecia nos governos apoiados pela Globos e demais membros do clube da mídia golpista.

Resta saber se os bilionários e socialites, que lideraram os movimentos de hoje, vão querer o aprofundamento do combate á corrupção. Basta autorizar a polícia federal e a receita federal, agindo rigorosamente dentro da lei, a procurar os sinais de enriquecimento de muitas figuras (políticas, empresariais, religiosas, profissionais liberais ...); sinais de enriquecimento que não condizem com o que aparece todo ano nas declarações de renda. Se conseguirmos aprofundar e ampliar o combate à corrupção, terá valido a pena suportar o intenso noticiário saudoso de golpe à democracia.

Concluo me valendo de renomados juristas para tratar desta recaída autoritária de nossas elites conservadoras: o impeachment. Segundo Aires Brito, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal: “Pedir o impeachment enquanto manifestação livre de vontade, tudo bem. Agora, concretamente, vamos convir, a presidente da República, no curso deste mandato que mal se inicia, não cometeu nenhum crime que é pressuposto do impeachment. Seja à luz do artigo 85 da Constituição, seja à luz da lei 1079, de 1950, versando sobre crimes de responsabilidade e por consequência, impeachment, não há a menor possibilidade de enquadramento da presidente da República nessas normas, sejam constitucionais, sejam legais”.

E quanto a intervenção militar, também pedida por parte dos manifestantes da Casa Grande conta a Senzala, "existe unanimidade entre juristas que a reivindicação não se baseia em qualquer legalidade e não faz sentido. O ex-ministro do Supremo Carlos Velloso lembrou que as Forças Armadas têm a obrigação de proteger o estado democrático." “Uma intervenção militar seria algo inusitado, fora da lei, fora da Constituição. Vale evocar Rui Barbosa no ponto quando ele afirmou diante do Supremo Tribunal Federal: "fora da lei não há salvação". Temos que sempre nos comportar dentro da lei”, disse Velloso ao G1.


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