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Política

Gilmar Mendes diz que PT queria se eternizar no poder

O ministro afirmou que o Partido dos Trabalhadores tinha o "plano perfeito".

Imagem: DivulgaçãoO ministro afirmou que o Partido dos Trabalhadores tinha o O ministro afirmou que o Partido dos Trabalhadores tinha o "plano perfeito".

Nesta sexta-feira (18), o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes afirmou que o PT tinha o “plano perfeito” para se “eternizar” no poder, mas que a Operação Lava Jato “estragou tudo”.

O ministro afirmou isto após participar de um seminário na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

Gilmar Mendes é a favor do financiamento de empresas em campanhas eleitorais e afirma que o PT é contra esse tipo de doação porque o partido conseguiu em propinas dinheiro para disputar as “eleições até 2038”. “E deixariam os caraminguás para os demais partidos. Era uma forma fácil de se eternizar no poder”, afirmou o ministro.

“O partido já tinha esse dinheiro. Estava captando, como vocês sabem, nesse modelo que está sendo revelado da Lava-Jato. O que atrapalhou todo esse projeto, que era um projeto de consolidação do grupo no poder [...] O que atrapalhou? A Lava Jato. A Lava Jato estragou tudo. Evidente que a Lava Jato não estava nos planos [...] O plano era perfeito, mas não combinaram com os russos”, completou Mendes.

O PT não se manifestou sobre as declarações do ministro mas afirmou que mantém a posição da nota divulgada nesta quinta (17), onde o partido rebateu críticas do ministro feitas durante o julgamento sobre financiamento empresarial de campanha.

Na nota, o PT afirma que o ministro “Gilmar Mendes falta com a verdade quando atribui ao PT oportunismo na decisão de condenar financiamento empresarial”. “A série de impropérios assacada por Mendes durante as longas horas que durou seu voto ofende até os demais ministros que integram a Suprema Corte”, continua o texto assinado pela sigla.

Cleptocracia


Após o seminário na Fiesp, o ministro afirmou que o esquema investigado pela Lava Jato revela um “modelo de governança corrupta” que pode ser chamado, para ele, de “cleptocracia”.

“Toda essa estrutura que eles montaram em torno dessa... Na verdade no que se instalou no país nesses últimos anos e está sendo revelado na Lava Jato. É um modelo de governança corrupta, algo que merece o nome claro de cleptocraria. Isso que se instalou”, disse o ministro.
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