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Política

Deputado federal Silas Freire faz um balanço de 2016

O deputado comentou ainda os rumos que o país precisa tomar para se recuperar da crise política.

O deputado federal Silas Freire (PR) fez uma análise do ano de 2016 com os acontecimentos mais importantes do cenário político. Ele criticou o fato de a corrupção ter tomado conta do Brasil e ainda comenta os rumos que o país precisa tomar para se recuperar e a solução que considera mais viável. 

"O ano de 2016 foi muito difícil principalmente para o parlamento, presenciamos o impeachment de uma presidente eleita com o voto popular. Prefiro não entrar no mérito, mas foi uma cassação política. Boa parte do Congresso se envolveu com roubalheiras e logo veio a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha que foi um dos maiores articuladores de ações criminosas para lesar o país. Eu era um dos parlamentares que pedia o seu afastamento há muito tempo, pois as denúncias eram muito sérias. Assume um governo pós cassação que já perdeu vários ministros envolvidos em denúncias e agora está apodrecido com delações premiadas da Operação Lava Jato com seus principais nomes, até o próprio presidente Michel Temer, acusados de cobrar propina a empresas", destacou Silas. 

O deputado disse ainda que a corrupção tomou conta das instituições e está difícil legislar nessas condições "O país parou, as obras não aconteceram, os recursos escassos, crise financeira, desemprego, recessão. Um dos anos mais difíceis da República. Eu sinceramente não gostaria de participar da vida política do Brasil nesse momento com tanta podridão de corrupção. Mas em respeito aos votos do povo, estou lá mostrando minha opinião, muitas vezes contestada e ameaçada. Tenho a consciência tranquila de ter feito o possível", lamentou ele. 

  • Foto: Lucas Dias/GP1Silas FreireSilas Freire

Silas defende que sejam realizadas novas eleições para superar o momento difícil que o país atravessa. "Só o povo pode dar a resposta, uma eleição geral, não somente para presidente da república (Temer pode ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral por ser da chapa de Dilma Roussef) mas para o parlamento, pois esta que está aí está sem condições de continuar. Uma renúncia geral, é isso que defendo. Daríamos ao povo, nosso patrão, o direito de limpar essa sujeira e de escolher quem fica pelos próximos dois anos e daqui dois anos aconteceria eleição novamente", argumentou. 

Pra finalizar, Freire deu uma satisfação de suas ações como parlamentar: "Combatemos um bom combate, lutamos ainda pela nossa principal bandeira que é a redução da maioridade penal, continuamos exigindo a votação do Estatuto do Desarmamento, debatemos a escassez de UTIs que custa a vida dos brasileiros. Fizemos o nosso papel. Que pena que o país parou, mas vamos torcer que 2017 seja positivo, vamos continuar trabalhando, não somos pessimistas", avaliou. 

Sobre o que espera de 2017, o deputado foi incisivo. "Espero que corrupção e abuso de poder sejam punidos e que acabe essa mania de só punir os pequenos, os mais pobres na hora de cortar despesas. O país precisa rever seu conceito de ajuste fiscal apenas em cima do pobre. Existem outras alternativas como taxar grandes fortunas e rever as isenções fiscais que muitas vezes não dão retorno. Estamos discutindo uma Reforma da Previdência que é um assassinato para a população. Precisamos fazer esse ajuste urgente", complementou Silas Freire. 

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