O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, deve homologar nos próximos dias a delação premiada do senador e ex-líder de governo do Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). A informação foi confirmada ao Globo por outro ministro.
Uma reportagem divulgada ontem (03) pela revista ‘Isto É’, conta detalhes da delação de Delcídio que compromete a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o senador, ambos participaram diretamente na tentativa de interromper as investigações da Operação Lava Jato, que averigua o esquema de corrupção na Petrobras.
Porém, Delcídio divulgou em nota através de seu advogado de defesa Antonio Figueiredo Basto que desconhece os documentos publicados pela revista. “À partida, nem o senador Delcídio, nem a sua defesa confirmam o conteúdo da matéria. Não conhecemos a origem, tampouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto. Por fim, o senador reitera o seu respeito e o seu comprometimento com o Senado da República”, conclui a nota.
Ainda de acordo com o advogado, em nenhum momento a revista teria ido atrás de Delcídio para apurar a veracidade dos fatos. O ex-líder de governo não assumiu, mas também não negou a existência da delação premiada – acordo que um investigado faz com a Polícia Federal para colaborar com a investigação em troca de algum benefício legal, segundo a legislação brasileira.
De acordo com a ‘Isto É’, o senador havia pedido em cláusula, a confidencialidade do depoimento por seis meses, tempo suficiente para ele escapar de um processo de cassação no Conselho de Ética do Senado. Porém Zavascki recusou a exigência.
Enquanto a situação de Delcídio, houve uma série de descontentamento de parlamentares e dirigentes que agora demonstraram interesse para acelerar a cassação do ex-líder do governo, que se tornou réu confesso, caso os fatos relevados na delação sejam verídicos.
Delação premiada
Segundo a revista citada, a presidente teria nomeado ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) que fossem favoráveis às defesas perante as acusações como estratégia para livrar políticos e empreiteiras envolvidos na investigação. Dilma teria tentado por três vezes interromper com as averiguações policiais. Ela ainda teve a ajuda do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e do próprio Delcídio.
Uma das estratégias acatadas por ela seria a nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele cuidasse cuidaria dos recursos e habeas corpus dos investigados aliados envolvidos. Após conversa privada com o senador, a presidente o pediu que confirmasse com Navarro o compromisso de soltar Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo, executivos da Andrade Gutierrez. Este por sua vez, cumpriu o compromisso que havia sido alertado inclusive pelo então presidente do STF, dr. Falcão.
Delcídio ainda cita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltando que ele era ciente do esquema de corrupção na Petrobras e agiu pessoalmente para barrar as investigações da Polícia Federal. Ele apontou Lula como o responsável pelo plano de fuga oferecida ao ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, investigado na operação, e de ter dado dinheiro a testemunhas, em troca de silêncio.
O ex-presidente ainda teria sido o organizador do encontro entre Delcídio e o filho do ex-diretor, Bernardo Cerveró, que acabou ocasionando a prisão do senador. Ele foi preso no dia 25 de novembro do ano passado e liberado em fevereiro.
Imagem: JusBrasilSenador Delcídio do Amaral
Uma reportagem divulgada ontem (03) pela revista ‘Isto É’, conta detalhes da delação de Delcídio que compromete a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o senador, ambos participaram diretamente na tentativa de interromper as investigações da Operação Lava Jato, que averigua o esquema de corrupção na Petrobras.
Porém, Delcídio divulgou em nota através de seu advogado de defesa Antonio Figueiredo Basto que desconhece os documentos publicados pela revista. “À partida, nem o senador Delcídio, nem a sua defesa confirmam o conteúdo da matéria. Não conhecemos a origem, tampouco reconhecemos a autenticidade dos documentos que vão acostados ao texto. Por fim, o senador reitera o seu respeito e o seu comprometimento com o Senado da República”, conclui a nota.
Ainda de acordo com o advogado, em nenhum momento a revista teria ido atrás de Delcídio para apurar a veracidade dos fatos. O ex-líder de governo não assumiu, mas também não negou a existência da delação premiada – acordo que um investigado faz com a Polícia Federal para colaborar com a investigação em troca de algum benefício legal, segundo a legislação brasileira.
De acordo com a ‘Isto É’, o senador havia pedido em cláusula, a confidencialidade do depoimento por seis meses, tempo suficiente para ele escapar de um processo de cassação no Conselho de Ética do Senado. Porém Zavascki recusou a exigência.
Enquanto a situação de Delcídio, houve uma série de descontentamento de parlamentares e dirigentes que agora demonstraram interesse para acelerar a cassação do ex-líder do governo, que se tornou réu confesso, caso os fatos relevados na delação sejam verídicos.
Delação premiada
Segundo a revista citada, a presidente teria nomeado ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) que fossem favoráveis às defesas perante as acusações como estratégia para livrar políticos e empreiteiras envolvidos na investigação. Dilma teria tentado por três vezes interromper com as averiguações policiais. Ela ainda teve a ajuda do ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e do próprio Delcídio.
Uma das estratégias acatadas por ela seria a nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele cuidasse cuidaria dos recursos e habeas corpus dos investigados aliados envolvidos. Após conversa privada com o senador, a presidente o pediu que confirmasse com Navarro o compromisso de soltar Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo, executivos da Andrade Gutierrez. Este por sua vez, cumpriu o compromisso que havia sido alertado inclusive pelo então presidente do STF, dr. Falcão.
Delcídio ainda cita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltando que ele era ciente do esquema de corrupção na Petrobras e agiu pessoalmente para barrar as investigações da Polícia Federal. Ele apontou Lula como o responsável pelo plano de fuga oferecida ao ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, investigado na operação, e de ter dado dinheiro a testemunhas, em troca de silêncio.
O ex-presidente ainda teria sido o organizador do encontro entre Delcídio e o filho do ex-diretor, Bernardo Cerveró, que acabou ocasionando a prisão do senador. Ele foi preso no dia 25 de novembro do ano passado e liberado em fevereiro.
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