Fechar
GP1

Política

Silas destaca projetos para punição em crime de estupro

Um projeto do parlamentar quer garantir direito às mulheres portarem spray de pimenta.

Defensor da castração química, o deputado federal Silas Freire (PR) que atua na Comissão Externa de Estupro Coletivo da Câmara dos Deputados, afirmou ao GP1 que até o próximo mês serão elaborados projetos para punições mais sérias em caso de estupro.

Um projeto do parlamentar quer garantir direito às mulheres portarem spray de pimenta. “Temos que evoluir para endurecer as leis e não confundir estupro com atentado ao pudor, são duas coisas completamente diferente. Essa comissão só tem 30 dias para apresentar em regime de urgência os projetos que já estão tramitando e novos projetos. O meu por exemplo, não é um de resolução total, mas é um paliativo, uma defesa. Na Noruega , as mulheres podem portar um spray de pimenta. No caso de ataque, não é uma arma letal, mas elas podem se defender, enquanto fogem das garras desses doentes que querem agredi-la. Poderemos comercializar o spray de pimenta e a mulher a partir de 15 anos poderá comprar e portar”, explicou.
Imagem: Lucas Dias/GP1Silas Freire(Imagem:Lucas Dias/GP1)Silas Freire
Para o deputado, a castração química deve ser levada em consideração. “Ela diminui a libido do homem, onde já se comprovou que o problema daquele cara é patológico, porque ele até pode ser preso, mas quando sair, vai fazer de novo. Esse cara precisa ser castrado quimicamente e há várias versões [de projetos] tramitando. Nós vamos encontrar um e aprimorar”, afirmou.

O parlamentar disse que o Estado e o país estão falhando na parte da educação e que “temos um problema nessa área e uma sensação de impunidade muito grande no país. Esses estupros coletivos, eles são atípicos, não é uma patologia, não é um estuprador em série. É por uma diversão, por falta de educação, por uma sensação de que há impunidade”.

Outra proposta defendida por Silas é a presença de pelo menos uma mulher em delegacias. “Queremos obrigar no Brasil, em toda delegacia de polícia, por mais longe que seja, a ter uma mulher. Ela não precisa ser delegada. Ela precisa ser uma agente de segurança ligada ao Núcleo de Defesa da Mulher e não subordinada ao delegado homem, pois ela é o primeiro atendimento da mulheres. Muitas não vão à delegacia pois o acesso ao homem é constrangedor. Queremos uma agente pública em cada ponto policial, para que a mulher tenha uma porta aberta, pois essa mulher será vinculada ao núcleo estadual que vai receber essa informação. Isso é um avanço, uma evolução. A menina de Sigefredo Pacheco foi estuprada e só descobriu após a divulgação nas redes sociais. O que aconteceu é que ela não procurou a polícia, pois não confiava, era uma situação constrangedora para ela”, disse.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.