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Política

Ex-senador Suplicy é detido em protesto contra reintegração

Suplicy foi liberado às 14h30, após ficar cerca de três horas detido.

  • Foto: Uriel Punk/Futura Press/Estadão ConteúdoEduardo Suplicy é detido pela políciaEduardo Suplicy é detido pela polícia

Nesta segunda-feira (25), o ex-senador e candidato a vereador pelo PT Eduardo Suplicy, foi detido pela Polícia Militar, após protestar contra reintegração de posse na Zona Oeste de São Paulo.

A PM informou que ele foi detido por ter desobedecido à ordem dos oficiais de justiça de desobstruir a via, portanto teve que ser retirado do local pelos policiais. Suplicy foi liberado às 14h30, após ficar cerca de três horas detido.

De acordo com o G1,  Suplicy relatou ao delegado ter deitado no chão para evitar confronto entre policiais e os moradores. “Havia um grupo de policiais militares avançando com escudos e uma escavadeira que estava avançando logo atrás, e do outro lado estavam os moradores, pelo menos 80. Começou a haver um encontro daquelas pessoas e os policiais. Eu, então, fiquei com receio de que pudesse haver uma cena de violência quase que incontrolável, então eu falei: ‘Vou me deitar aqui para prevenir e evitar qualquer violência’, E foi isso que aconteceu", afirmou.

A caminho do 75º Distrito Policial (DP), no Jardim Arpoador, Suplicy ainda disse que conversou com os PMs na viatura, "perguntaram a mim eu disse que tenho 75 anos, que ainda hoje de manhã, 6h45, eu tinha feito a minha aula de ginástica. Me mantenho em boa forma, e dos 15 ao 21 eu treinei boxe, participei do campeonato da Gazeta Esportiva, e procuro me manter sempre em boa forma. Se necessário for, eu sei como fazer", disse.

Desde a madrugada desta segunda-feira, muitos moradores realizam protesto contra a reintegração de posse de terreno na Cidade Educandário, na região da Rodovia Raposo Tavares. O prefeito Fernando Haddad (PT) informou que foi procurado ontem para interromper a reintegração de posse, no entanto, não pôde atender ao pedido porque a área ocupada é de risco.

"Liguei para o subprefeito, disse a ele para ponderar sobre a oportunidade da reintegração, mas depois eu recebi um telefonema do secretário de Negócios Jurídicos dizendo que consultados, os engenheiros que avaliam risco entenderam que não havia como manter naquela barranqueira as famílias ali, que se não fosse cumprida a ordem judicial qualquer advento: solapamento, desmoronamento, ia ser imputada a responsabilidade para a Prefeitura, que as famílias não poderiam continuar lá por ser uma área de risco bastante importante", finalizou Haddad.
 

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