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Política

Maioria dos prefeitos piauienses são candidatos à reeleição

O dado é fruto de uma análise feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Um estudo técnico feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que dos 167 prefeitos das cidades do Piauí, aptos para a reeleição, 32 deles abdicaram do direito, totalizando 145 ou 77,84% dos chefes do executivo municipal têm o desejo de continuarem no cargo.

A análise foi feita com o objetivo de compreender a intenção dos atuais gestores municipais em se manter no poder nas próximas eleições municipais. O estudo foi elaborado após o prazo máximo determinado para a realização das convenções municipais dos partidos, que foi no dia 5 desse mês.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Arinaldo Leal, presidente da APPMArinaldo Leal, presidente da APPM

O presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Arinaldo Leal, prefeito de Vila Nova do Piauí, é um dos gestores piauienses que desistiu de disputar a reeleição. Ele explica que “os atuais gestores estão abrindo mão do direito de disputar um novo mandato pelas dificuldades impostadas à gestão dos municípios brasileiros. Nos últimos anos, fomos deixados de lado pelo governo federal, que só aumentou nossas atribuições sem repassar recursos. A administração se tornou inviável em muitos municípios e o prefeito corre o risco de ser punido, mesmo sem ter cometido nenhum ato irregular. Independentemente de quem assume, tais problemas tendem a se perpetuar”, desabafa.

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Em nível nacional, nas eleições municipais anteriores, a quantidade de prefeitos que se candidataram à reeleição foi de 62% em 2000, 63,3% em 2004, 76,9% em 2008 e de 73,2% em 2012. Isso evidencia que desde 2000 sempre mais da metade dos prefeitos que poderiam se candidatar optaram efetivamente por isso. Em 2016, a intenção de se reeleger entre os gestores que podem participar do próximo pleito é de 68,79%, bem inferior as duas últimas eleições.

De acordo com o relatório desse estudo técnico, esses dados apresentam um bom panorama para as próximas eleições municipais, e demonstram que neste ano, serão muito menos candidatos a um segundo mandato do que nas eleições anteriores. O que pode ser um forte indicativo da grave crise que passam os municípios brasileiros. Esperamos que com as convenções partidárias e as homologações das candidaturas, estes prognósticos se concretizem.

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