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Política

Michel Temer diz que ‘Lula não está politicamente morto’

O presidente foi entrevistado na manhã desta segunda-feira (29), no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã desta segunda-feira (29), o presidente Michel Temer (PMDB), analisou o cenário político das eleições deste ano e a presença ou ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Dizer que Lula 'está morto' politicamente, que a imagem, palavra, presença não estará presente [no cenário político]... morto ele não está", declarou.

Para Michel Temer, a ausência do ex-presidente "tensiona o país". "Temos que distencionar as relações. O Brasil vive um tensionamento permanente. É brasileiro contra brasileiro", disse. "Queria que Lula participasse da eleição para pacificar o país", afirmou.

  • Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoMichel TemerMichel Temer

Temer voltou a afirmar que não será candidato em 2018 e acrescentou que vai dedicar os próximos seis meses para recuperar seus aspectos morais. Ele se referiu às denúncias contra ele que vieram após a delação dos empresários da JBS.

“Eu estou cumprindo muito bem o meu papel, já estou satisfeito com o que eu fiz. Eu quero alguém que defenda o meu legado. Até porque eu fui, de alguma maneira, desmoralizado por alguns embates de natureza moral, porque a minha luta não foi política, foi de natureza moral. Quem conhece minha vida, sabe o que eu tenho, sabe da absoluta inverdade nisso que se fez. Eu, nesses seis meses, vou me dedicar à recuperação dos meus aspectos morais. Não vou admitir mais que se diga impunimente que o presidente é trambiqueiro, que fez falcatruas. Não vou permitir. Meus detratores estão na cadeia e quem não está na cadeia está desmoralizado porque foi desmascarado por fatos concretos. Ninguém foi desmoralizado à toa”, ressaltou.

O presidente admitiu ainda que a proposta de reforma da Previdência pode sofrer novas alterações e que a economia gerada com o texto atual será menor do que a esperada, mas considerou ser melhor do que nada. “Um milhão de servidores que ganham muito acima do teto representam quase metade do déficit previdenciário do país. 29,5 milhões trabalhadores do setor privado representam essa metade mais metade. Então você veja a distorção desses privilégios”, afirmou.

Michel Temer foi entrevistado pelos jornalistas Salomão Ésper, Pedro Campos e Rafael Colombo e também pelo cientista político Fernando Schüller na edição desta segunda-feira do “Jornal Gente”, na Rádio Bandeirantes.

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