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Saúde

Prefeitura de Teresina pede apoio da população no combate à dengue

O tema é de suma importância para o combate, visto que os criadouros do mosquito transmissor são encontrados, em sua maioria, no interior das moradias ou em áreas circunvizinhas.

Problema de saúde pública que preocupa todos os municípios brasileiros, a dengue vem recebendo da Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), uma vigilância redobrada. Como o seu combate não depende apenas do poder público, mas também de ação efetiva da população, as famílias estão sendo chamadas a participar por meio de uma campanha que tem como mote: “Crie coisas boas, não o mosquito da dengue”. O tema é de suma importância para o combate, visto que os criadouros do mosquito transmissor são encontrados, em sua maioria, no interior das moradias ou em áreas circunvizinhas.

Para a médica veterinária Oriana Bezerra, da Gerência de Zoonoses da FMS, se a Prefeitura pudesse cuidar da eliminação de focos apenas nas ruas, avenidas e galerias, e a população, por sua vez, cuidasse das residências e de sua área ao redor, não jogando lixo em terreno baldio, por exemplo, o combate seria mais fácil. “É preciso que haja a prática da cidadania, cada um cuidando de sua parte porque assim não teríamos tantos problemas com a dengue”, arremata.

“Muitas vezes, as pessoas promovem festas ou festejos em suas ruas, serestas, alguma atividade que reúne muita gente – organizam tudo para o evento , mas a própria comunidade que depois devia cuidar de deixar o ambiente limpo, assim não procede, deixando o lixo acumulado ou espalhado no local, favorecendo o surgimento de criadouros para depois o mosquito fazer a festa”, reclama a veterinária. “O poder público é responsável pela limpeza, mas obedece a um calendário”, completa.

Oriana Bezerra chama a atenção para esse período do ano quando praticamente não há chuvas, mas é justamente agora que a população tem que tomar cuidado com o lixo, pois o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, deposita seus ovos em objetos que acumulam água e que se encontram dentro das casas ou em seus arredores. Os ovos eclodem com o contato da água, e isso se agrava no período chuvoso. Depois que nasce a larva, ela se transforma em pulpa e, em seguida, mosquito, ciclo que dura apenas oito dias. Esse mosquito pode permanecer até 400 dias na natureza e completar um novo ciclo.

A eliminação das larvas deve ser feita por meio da prática da limpeza diária e de eliminação de potencias criadouros. Desta forma, a comunidade ajuda a reduzir a população de mosquitos na cidade. Para isso, basta recolher toda semana qualquer objeto com água que possa estar escondido no quintal, dentro de casa ou em qualquer lugar pouco visível. O mosquito também se reproduz nos ralos dos banheiros, nos aquários, nas bandejas das geladeiras e dos aparelhos de ar-condicionado, nos vasos e pratinhos de plantas, entre outros pequenos objetos, como uma simples tampinha de garrafa ou casca de ovo.

Até o fim de agosto, a FMS havia notificado 1.614 caos da doença este ano, dos quais 196 foram descartados depois de exames laboratoriais, resultando em 1.418 ocorrências confirmadas, com mais de mil do tipo clássico, 45 que tiveram alguma complicação e 14 com febre hemorrágica, além de três mortes pela doença. A maioria dos casos, conforme boletim epidemiológico, ocorre em áreas de grande conglomerado urbano, a exemplo do Grande Dirceu, Promorar e Mocambinho.

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