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Saúde

Prefeitura do Rio fecha praias e deve anunciar mais restrições

Locais fechados continuam em funcionamento porque Paes quer criar 'consenso metropolitano' antes de novas medidas.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), anunciou na manhã desta sexta-feira, 19, que a partir de sábado as praias da cidade serão fechadas. O novo decreto do Executivo carioca complementa o anterior, que já impunha restrições para o funcionamento do comércio e de bares e restaurantes, por exemplo. No desta manhã, a Prefeitura optou por focar na orla, enquanto manteve shoppings e demais locais fechados em funcionamento.

Novas medidas mais restritivas serão anunciadas na segunda-feira que vem, segundo o prefeito, após uma reunião com o comitê científico. Por enquanto, está proibido: permanecer na areia das praias, incluindo esportes, banho de mar e atividades econômicas; entrada de ônibus e veículos fretados no município; estacionamento na orla; funcionamento das áreas de lazer, como os calçadões.

“As praias, os epidemiologistas entendem que é um local de menos contágio do que os locais fechados, mas é um lugar simbólico no Rio de Janeiro”, apontou Paes, que discutirá novas iniciativas nos próximos dias com prefeitos da região metropolitana e com o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC). O prefeito fala em criar um “consenso metropolitano” para adotar medidas mais duras, que ele defende.

“Por que não hoje? A cidade do Rio não é uma ilha, é o centro de uma conurbação, de um conglomerado urbano, de uma região metropolitana. Portanto, qualquer decisão que seja tomada sem uma solidariedade metropolitana se torna mais difícil.”

No decreto anterior, já estava proibido: permanecer na rua entre 23h e 5h; eventos e festas; funcionamento de boates; venda de bebidas alcoólicas em bancas.

Na entrevista coletiva desta sexta, Paes também cobrou do governo federal medidas econômicas que permitam que as pessoas cumpram com mais tranquilidade o isolamento social. Estímulos econômicos costumam ser cobrados por donos de bares e restaurantes, por exemplo.

“A capacidade da Prefeitura de fazer é muito pequena, pela dificuldade financeira e porque não emitimos moeda. Nossa capacidade de incentivos é bastante limitada, pelas características que são nossos tributos”, disse. “É uma questão nacional. Vocês não ouvirão de mim qualquer tipo de agressão, de fanfarronice, de qualquer pedido mais assertivo, mas esse é um momento de solidariedade nacional. É fundamental o auxílio, a consciência do Congresso e do Executivo nacional para podermos avançar.”

Tanto o prefeito quanto o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, fizeram apelos para a população permanecer em casa. Soranz sugeriu evitar até mesmo a prática de exercícios ao ar livre, prática que durante a maior parte da pandemia não foi considerada de alto risco. “Temos uma nova variante do vírus, a P1, que está circulando na cidade, circulando intensamente. É o momento de evitar qualquer tipo de circulação”, apontou. “O momento agora é de evitar qualquer tipo de exposição, de ficar em casa o máximo possível.”

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