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Saúde

Vacinação infantil brasileira caiu para 81% em 2021, segundo UNICEF

Com informações da UNICEF e OMS, a soma de crianças desassistidas de vacina chegou a 25 milhões.

De acordo com um levantamento da Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice de vacinação infantil, contra difteria, tétano e coqueluche (DTP3), com as três doses completas, caiu cinco pontos percentuais entre os anos de 2019 e 2021, chegando a 81%. Somando os dados, pelo menos 25 milhões de crianças não tomaram vacina de rotina em 2021, destes 25 milhões, 18 milhões não receberam a dose alguma de DTP em 2021.

A diminuição aconteceu por diversos motivos, como a dificuldade do acesso à vacina, com crianças expostas a ambientes de vulnerabilidade social, aumento da desinformação sobre vacinação e paralizações de alguns serviços de saúde devido a pandemia da covid-19.

“Esse é um alerta vermelho para a saúde infantil. Estamos testemunhando a maior queda continuada na imunização infantil em uma geração. As consequências serão medidas em vidas”, disse Catherine Russell, diretora executiva do UNICEF.

Na vacinação contra o sarampo, a quantidade de doses aplicadas caiu para 81% no ano de 2021, totalizando 24,7 milhões de crianças que não foram vacinadas, o menor número desde 2008 no Brasil.

“Embora uma ressaca pandêmica fosse esperada no ano passado, como resultado das interrupções e lockdowns da covid-19, o que estamos vendo agora é um declínio contínuo. A covid-19 não é desculpa. Precisamos recuperar a imunização das milhões de crianças que perderam suas vacinas ou inevitavelmente testemunharemos mais surtos, mais crianças doentes e maior pressão sobre os sistemas de saúde já sobrecarregados”, confirma.

Países como Índia, Nigéria, Indonésia, Etiópia e Filipinas apresentaram números mais positivos que o Brasil nas pesquisas. No entanto, a cobertura vacinal caiu em todos os continentes, incluindo países no leste asiático.

“O planejamento e o combate à covid-19 também devem andar de mãos dadas com a vacinação contra doenças mortais como sarampo, pneumonia e diarreia. Não é uma questão de um ou outro, é possível fazer os dois”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

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