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Saúde

Paciente com câncer há 13 anos tem remissão completa em SP

Paciente sofria de linfoma não Hodgkin, um câncer que se origina no sistema linfático.

Paulo Peregrino, um escritor e publicitário de 61 anos, obteve remissão completa de um câncer em apenas um mês por meio de uma terapia inovadora desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP). O tratamento, conhecido como CAR-T Cell, foi criado em colaboração entre a Faculdade de Medicina da USP, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, o Instituto Butantan e o Hemocentro de Ribeirão Preto. Peregrino sofria de linfoma não Hodgkin, um câncer que se origina no sistema linfático, e é um dos 14 pacientes que passaram pela terapia celular no Sistema Único de Saúde (SUS), com nove deles alcançando a remissão. O financiamento do tratamento foi realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O diagnóstico do linfoma de Peregrino ocorreu em 2018, cinco anos atrás, e ele já havia passado por tratamentos para outros tumores nos últimos 13 anos. A doença no sistema linfático estava tão avançada que o paciente estava sendo encaminhado para cuidados paliativos. No entanto, em dezembro do ano passado, ele iniciou o tratamento com a terapia CAR-T Cell.

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O médico Vanderson Rocha e sua equipe foram essenciais no cuidado de Peregrino, e o paciente expressou gratidão por sua dedicação. Nas redes sociais, o médico também celebrou o sucesso do tratamento, descrevendo-o como um milagre da ciência. Imagens pré e pós-tratamento mostram claramente a remissão dos linfomas. Pontos escuros nas imagens anteriores representam a doença, que havia se espalhado rapidamente pelo corpo do paciente. Já na imagem após o tratamento, tirada em 23 de abril, os pontos que indicavam o câncer desapareceram completamente, levando o médico a comemorar a remissão completa.

A terapia CAR-T Cell, que só estava disponível fora do Brasil, foi implementada no SUS pela USP, Instituto Butantan e Hemocentro de Ribeirão Preto, representando um avanço significativo no combate ao câncer. Nesse tratamento, as células de defesa do paciente são modificadas em laboratório para aprender a atacar linfomas e leucemias. Essas células modificadas são então reintroduzidas no organismo do paciente, onde se reproduzem, intensificando a resposta do corpo contra o tumor.

Embora os dados da pesquisa e a evolução do quadro do paciente ainda não tenham sido publicados em revistas científicas ou revisados por pesquisadores independentes, o primeiro produto de CAR-T Cell lançado no Brasil ficou disponível em novembro de 2022. O tratamento é indicado para pacientes adultos com linfoma difuso de grandes células B que não responderam a duas ou mais linhas de tratamento ou que apresentaram recidiva da doença após as terapias-padrão.

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