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Varíola dos macacos: Prefeitura de São Paulo orienta uso de máscaras

Medida faz parte de uma série de orientações sanitárias da administração municipal da capital paulista.

Para prevenir o aumento de casos de varíola dos macacos (monkeypox) na capital paulista, a Prefeitura de São Paulo divulgou recomendações para que as pessoas passem a usar máscara em locais como restaurantes, supermercados, salões de beleza, academias e em demais estabelecimentos de prestação de serviços e em ambientes de trabalho.

A medida, semelhante à adotada para a pandemia da covid-19, faz parte de uma série de outras orientações sanitárias que o Executivo, por meio do comitê técnico para enfrentamento da doença, divulgou nesta quarta-feira, 24.

Além do uso de máscaras, o documento sugere também, como medidas gerais, que as pessoas evitem se beijar, abraçar e ter relações sexuais “com pessoas que tenham erupções cutâneas e ou que tenha tido diagnóstico confirmado para monkeypox"; não compartilhem roupas de cama, toalhas, talheres, copos, brinquedos e objetos de uso pessoal; e que higienizem as mãos com água e sabão ou álcool em gel.

As diretrizes são adotadas levando em consideração as principais formas de contaminação da varíola dos macacos: contato próximo e íntimo — como beijo, relações sexuais, massagens, gotículas — com uma pessoa infectada e com lesões de pele; contato com objetos contaminados e superfícies usadas por pacientes adoecidos pelo vírus monkeypox.

O documento, elaborado pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) (pode ser acessado aqui) inclui também orientações específicas para cada tipo de estabelecimento. Mas, em linha gerais, orienta que os locais sigam medidas semelhantes às adotadas durante a pandemia do novo coronavírus, como: higienização constante de superfícies, disponibilização de álcool em gel 70% e água e sabão para lavagem das mãos.

Até esta quarta-feira, a cidade registrou 1.912 diagnósticos, de acordo com o Boletim Monkeypox, que pode ser consultado no site da secretaria de saúde do município.

A administração municipal informou também que o comitê está em tratativas com o governo do Estado e com a Secretaria Municipal da Educação (SME) para a elaboração de protocolos sanitários a serem seguidos pelas escolas. A orientação geral, segundo Melissa Palmieri, médica da Vigilância Epidemiológica da Covisa, é que “pais ou responsáveis não encaminhem seus filhos à escola caso a criança apresente qualquer suspeita de sinal ou sintoma de monkeypox.”

Os principais sintomas da doença são erupções cutâneas no rosto — que se espalham por outras partes do corpo, como órgãos genitais —, febre, ínguas, cansaço e dores de cabeça, musculares e nas costas. Linfonodos, calafrios e exaustão podem ser identificados também.

A confirmação da doença ocorre por meio de testes laboratoriais (RT-PCR) que detectam sequências específicas do vírus monkeypox. Não há tratamentos específicos para a varíola dos macacos e a principal forma de prevenção, atualmente, é o isolamento de pacientes e casos suspeitos. O Ministério da Saúde pediu à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) a liberação do uso da vacina Jynneos e o medicamento Tecovirimat para serem administrados em pacientes contaminados. A agência analisa a solicitação.

Recomendações para o ambiente de trabalho

A Covisa também divulgou recomendações de como proceder em ambientes de trabalho. O documento lista que as pessoas devem se dirigir para uma unidade de saúde caso identifiquem algum sinal ou sintoma compatível com a doença; usem máscaras — sobretudo os profissionais de limpeza, que devem utilizar outros acessórios como luvas de borracha e óculos de proteção; limpem as superfícies com esfregões ou com rodo com pano, ao invés de vassouras; e mantenham os ambientes bem ventilados, dando preferência para a ventilação natural.

Identificação de casos

O documento também apresenta medidas que devem ser adotadas quando há suspeita ou confirmação de contaminação pelo monkeypox. “O caso confirmado de Monkeypox deverá se manter em isolamento até que a erupção cutânea esteja totalmente resolvida, ou seja, até que todas as crostas tenham caído e uma nova camada de pele intacta tenha se formado”, orienta a Covisa.

Pessoas que foram expostas a um caso provável ou confirmado da doença, no período infeccioso, serão consideradas, de acordo com as diretrizes, um contato. E, se o contato desenvolver erupção cutânea, é necessário praticar o isolamento e avaliado como um caso suspeito, com coleta de amostra para análise laboratorial (RT-PCR).

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