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Eleições 2022

Coronel Nixon quer melhorar condições de trabalho dos profissionais da Segurança

O candidato do PSD também quer modernizar ensino público e privado.

Dando sequência à série de entrevistas com os candidatos à Câmara Federal, a TV GP1 conversou, nesta segunda-feira (12), com Coronel Nixon, do PSD, que concorre como deputado federal nestas eleições.

Durante a conversa, o candidato falou sobre diversos temas, dentre eles, a segurança pública do estado e a modernização da educação.

Foto: Lucas DiasGP1Coronel Nixon e Lívia Pessoa
Coronel Nixon e Lívia Pessoa

Veja a entrevista na íntegra:

Candidato, uma das funções de deputado federal é a elaboração de leis. Caso eleito, quais seriam seus principais projetos para a Casa?

 Lívia, a minha carreira, a minha vida e a minha experiência me conduzem a defender a segurança pública. Não que seja a única bandeira, mas sim vai ser a nossa prioridade. Foram 30 anos servindo o Exército Brasileiro, quero servir agora o Piauí. [Além disso,] servi na Secretaria Nacional de Segurança Pública, [onde pude conhecer] todos os estados do Brasil, vendo, analisando e estudando a realidade da criminalidade e da violência crescendo em cada cidade, em cada capital e muitas cidades do interior também. Recentemente estive comandando a Guarda Civil Municipal de Teresina. Então, a segurança pública é nosso foco principal, em especial pensando na estrutura e nas condições de trabalho de um profissional da segurança pública. Nós precisamos de profissionais motivados para trabalhar.

Candidato, como o senhor avalia a bancada piauiense na Câmara Federal?

Nós temos aí algumas soluções positivas. Eu vejo que a bancada do Piauí ainda é uma das mais unidas, são poucas as discussões que vejo a gente incluído. Isso é positivo, há de se destacar. Contudo, ainda há muito o que melhorar, trazendo mais recursos ao Piauí e ter mais planejamento desses investimentos.

Falando um pouco sobre segurança pública. Sabemos que o Piauí está em uma situação caótica de violência, incluindo com a inserção de facções como PCC, Bonde dos 40 e Comando Vermelho. Como o senhor resolveria essa situação enquanto deputado federal na Câmara?

Olha, é uma situação bem complexa. Não dá pra gente destrinchar assim. A gente poderia até fazer um painel de debates com inúmeras ideias, mas eu vou citar aqui duas básicas que são fundamentais para um trabalho da segurança pública, principalmente no combate com as facções. Primeiramente, atividade de inteligência, além de ser prioridade, porque a inteligência não é improvisando pequenas investigações a curto prazo. Atividade de planejamento com metodologia e tecnologia moderna do século XXI, isso é atividade de inteligência. Além disso, repito, [precisamos de melhores] condições de trabalho aos profissionais de segurança. Nós precisamos de profissionais motivados.

Candidato, o efetivo policial também anda em baixa, sabendo que a população piauiense aumentou, mas o número de policiais permanece estagnado. Como o senhor pretende trazer mais policiais às ruas?

Olha, isso aí é um problema, um consenso geral. O efeito da Polícia Militar e da Polícia Civil, também do estado do Piauí, o Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal estão muito aquém, muito longe de um mínimo desejado. Então, precisamos de mais recursos para atrair e aumentar a quantidade desses policias, mais efetivo pois as Polícias precisam estar presentes.

Agora, nossa entrevista irá falar sobre educação. A educação também é um setor que precisa da atenção do estado. Inclusive, a falta de professores, a greve, a questão de falta de equipamento, de estruturas, dificultando o ensino do aluno piauiense. Como o senhor pretende mudar essa realidade?

Lívia, realmente a educação, não só do Piauí, mas de todo o Brasil precisa mudar. Precisa não só de investimento, mas de atenção. Vou fazer um comparativo com você. Hoje a sala de aula, seja de ensino público ou privado, é a mesma sala de aula que meu avô estudava no século passado. É uma sala, com o professor na frente explicando, seja num quadro com um giz ou pincel, talvez com uma parede mais bonita, um ar-condicionado, mas a sala, esse método não é um método para o século XXI, é investir em tecnologia. Então, nós precisamos de sala de aula que desafie o aluno, que puxe o aluno. Nós temos que segurar o jovem, reter, evitar a evasão escolar. Evasão escolar alta, criminalidade alta. Então o jovem tem que gostar da escola, além de tecnologia e inovação para atraí-lo, nós temos que dar espaço a sua criatividade, deixá-lo desenvolver seus talentos. Outra coisa importantíssima é o profissional da educação, principalmente o professor. Eu acho uma incoerência muito grande que o professor tenha todo ano essas greve. Então ele precisa ter o melhor salário, nós precisamos investir no profissional da educação.

Candidato, a saúde do estado também precisa de atenção, afinal faltam coisas básicas, como medicamentos, leitos de UTI e efetivos médico. Como o senhor pretende mudar essa realidade no estado?

Olha, de fato saúde apesar de ser um dos setores que mais recebe recursos, não só o Piauí, mas como o Brasil, ainda é um grande problema para todos nós. No governo do Piauí é necessária mais articulação, colocar os hospitais próximos das pessoas para quando realmente precisar do serviço. Não precisamos de grandes hospitais em todas as cidades. Mas nós precisamos, sim, descentralizar mais os serviços básicos e estar mais próximos das pessoas para quando realmente precisarem dos serviços. Além disso, valorizar mais os profissionais da saúde, não só os médicos, mas também as enfermeiras, os enfermeiros, os técnicos de enfermagem, são profissões que precisam de atenção.

Candidato, a pelo menos 5 anos circula na Câmara a questão do foro privilegiado. Qual seria seu posicionamento dentro da Câmara Federal?

Eu acho que é desnecessário. Eu acho que, [por exemplo] presidente da República, algumas funções muito específicas, deveriam ter esse direito sim, manter esse direito. [Mas] de forma genérica e generalizada para tudo que é cargo político, eu sou terminantemente contra.

Candidato, com a instabilidade do valor do barril de petróleo e também a mudança dos preços no Brasil e no Piauí, como o ICMS e valor das distribuidoras. A desestatização ou privatização da Petrobras entrou em questão. O senhor seria a favor ou contra essa medida enquanto deputado?

Eu sou a favor da privatização da Petrobras, desde que tenhamos critérios para fiscalizar as empresas que, por ventura, venham a explorar esse recurso natural.

Candidato, a questão da geração de emprego também é muito visível no estado. Quais seriam as suas propostas para resolver esse ponto?

Não tenha dúvida, a primeira medida fundamental é investir no pequeno comerciante, aquele que tem o MEI, que tem uma pequena mercearia, uma pequena padaria, esses é que conduzem a economia da capital e do estado nas costas. Além disso, precisamos investir em setores que o Piauí tem potencial de forma muito natural, primeiro o turismo, depois a agricultura e também a geração de energia. São três setores que devemos investir prioritariamente. Quando falo agricultura, falo desde o agronegócio, como modelo do sul do estado na produção de soja, mas também não podemos nos esquecer daquele pequeno agricultor, agricultura de subsistência que na sua vida ele planta seu feijão, seu milho, sua mandioca e também vende no seu município. Nós precisamos pensar nisso, e nos desenvolvimentos da agricultura e fruticultura ao longo do rio Parnaíba.

Agora nós vamos iniciar a segunda parte da nossa entrevista, em que o candidato irá dizer se é apenas a favor ou contra os tópicos.

Aborto?

Contra.

Cotas raciais?

A favor.

Descriminalização da maconha?

Contra.

Ideologia de gênero nas escolas?

Contra.

Homeschooling?

Contra.

Redução da maioridade penal?

A favor.

Adoção por casais homoafetivos?

A favor.

Privatização do SUS?

Contra.

Privatização das universidades públicas?

Contra.

Criminalização do Comunismo?

Contra.

Linguagem neutra?

Contra.

Considerações finais do candidato:

Eu sou o Coronel Nixon, comandei o 25º Batalhão de Caçadores, trabalhei na Secretaria Nacional de Segurança Pública e comandei a Guarda Municipal de Teresina, foi um período muito positivo em que analisei e estudei bastante sobre violência e criminalidade. Estou agora, após 30 anos de serviço no exército brasileiro, e agora me coloco a disposição política. Como eleitor me decepcionei muito com a política e com políticos, e agora quero fazer minha parte, parar de reclamar e colocar realmente meu trabalho a disposição como candidato a deputado federal, com o número 5525. Deputado federal, Coronel Nixon, conte conosco.

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