Candidato Egídio Ismael quer redistribuição de verbas para a Segurança

Dando sequência à série de entrevistas com os candidatos à Câmara Federal, a TV GP1 conversou, neste sábado (24), com Egídio Ismael, do Podemos, que concorre a uma vaga de deputado federal nestas eleições.

Durante a conversa, o candidato falou sobre diversos temas, dentre eles, o combate a criminalidade e o uso de drogas pelos jovens piauienses.  

Veja a entrevista na íntegra:

Candidato, uma das funções de deputado federal é a elaboração de leis. Caso eleito, quais seriam seus principais projetos para a Casa?

Lívia, eu só tenho um projeto, aliás todos os candidatos tem vários projetos, mas eu vou focar no combate à criminalidade e ao uso de drogas. Pois nossas crianças e nossos jovens estão à mercê do crime, por conta da ociosidade. Então nosso projeto é destinar 1% do valor de cada emenda impositiva de todos os deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores de todas as capitais. Para que seja criado um fundo destinado ao esporte de base, a escolinha de futebol, de balé e de música. Tudo que vá de encontro para acabar com a ociosidade da nossa juventude e das nossas crianças. 

Candidato, como o senhor avalia a bancada piauiense na Câmara Federal?

Olha, a gente que faz a política de bastidores, e conhece a Teresina e o Piauí. Na nossa bancada, cada deputada cuida da sua área. Ele atende ao que o prefeito pede, ao que o vereador pede. Mas se a gente for avaliar, 90%, posso até estar exagerando, das emendas dos nossos congressistas, deputados e senadores, vão pra obra, pra calçamento, pra show de banda em cidade. Se nós formos somar o que foi destinado esse ano só pra evento, passa de um bilhão de reais. Eu não consigo entender, como que você destina 500 mil reais para trazer o Wesley Safadão para fazer um show em uma noite, aonde o pai de família gasta o dinheiro todinho do mês gasta em uma noite, em uma farra e quando é segunda-feira, ele está em casa sem o dinheiro, enquanto o músico e banda vai pra outra cidade ganhar mais meio milhão de reais. Se esse dinheiro que foi gasto com essas bandas, fosse investido para nossas crianças e nossos jovens através do esporte, eu com certeza te garanto que não teríamos esse problema de drogas que estamos tendo hoje. 

Aproveitando para falar sobre tráfico de drogas no estado, sabemos esse é um fator importante na criminalidade do Piauí, inclusive, com a inserção de facções como PCC, Bonde dos 40 e Comando Vermelho. Como o senhor pretende coibir essas facções deputado federal na Câmara? 

Tem que ter uma lei que proíba que você tire um policial de suas funções e bote na porta de uma autoridade. Você entra na Assembleia Legislativa e você conta 50 policias. Isso não está certo. Não adianta o governo do estado comprar 224 veículos, 80 e poucas motos, e eles até aparelham a polícia, mas não tem pessoal pra isso. Então, aonde o pode público não penetra, o crime toma de conta. O Piauí tem muito dinheiro público, mas não tão sabendo é gastar esse dinheiro. 

Candidato, falando de segurança da mulher, a Rede de Observatório de Segurança afirmou que a cada 72 horas, uma mulher sofre violência no Piauí. Como o senhor pretende cuidar desse setor e da segurança da mulher? 

Ao longo desse tempo todo, você tem coordenação da mulher e num sei o que da mulher, mas nós só vamos combater isso de fato e de direito, quando nos dermos condições de sobrevivência para a mulher. Não adianta você chega na mulher, que está em uma situação vulnerável em que ela depende financeiramente do marido, do homem, e que ele muitas vezes se aproveita do machismo para mandar e desmandar, mas na hora que ela arranja o recurso dela, ela ganha uma nova vida. Então, temos que buscar a geração de emprego direto para aquela mulher, para que ela possa ter forças de lutar. Não adianta você [criar discursos de] estou defendendo a mulher e isso não funciona, Lívia. Eu quero algum projeto de geração de renda que tenha funcionado nos últimos anos. Não tem. 

Candidato, a saúde do estado também precisa de atenção, afinal faltam coisas básicas, como medicamentos, leitos de UTI e efetivos médico. Como o senhor pretende mudar essa realidade no estado?

Como deputado, a gente pode apenas fiscalizar, mas uma opinião que eu dou para o próximo governador é que ele despolitize a máquina pública. Porque a preocupação de um governador é a tal da governabilidade. Na hora da eleição é oposição ou situação, se digladiando, mas em nome da governabilidade um ou outro deputado vai ser secretário. Você incha o governo de deputados e o recurso vai todo pra Assembleia, porque quem paga o suplente, é o governo. Então você despolitizar a máquina pública e colocar pessoas competentes, e você conseguir gerir a máquina pública, isso já irá resolver uma parte. Assim, o Tribunal de Contas faria o seu papel, de fiscalizar e denunciar. 

Essa despolitização também afeta a educação? Porque a educação também é um setor que precisa da atenção do estado. Inclusive, a falta de professores, a greve, a questão de falta de equipamento, de estruturas, dificultando o ensino do aluno piauiense. Como o senhor pretende mudar essa realidade? 

Principalmente, educação. Se nós puxarmos os últimos escândalos você vai ver que maioria está a parte política. São desvios tão primários, que até o vereador pode denunciar. 

O senhor sendo um representante da classe política, o que o senhor faria diferente?

Eu tendo meu mandato de deputado [federal] pelo Piauí, eu iria até as últimas consequências, nas prerrogativas de um deputado federal, para que a lei seja cumprida e para que o dinheiro seja devolvido. 

Fazendo um paralelo entre a justiça e o cargo eletivo, como o senhor enxerga o foro privilegiado, caso eleito deputado federal?

Uma aberração. 

O senhor seria a favor?

Eu sou radicalmente contra qualquer foro privilegiado. 

Candidato, com a instabilidade do valor do barril de petróleo e também a mudança dos preços no Brasil e no Piauí, como o ICMS e valor das distribuidoras. A desestatização ou privatização da Petrobras entrou em questão. O senhor seria a favor ou contra essa medida enquanto deputado?

Eu sou totalmente a favor da privatização da Petrobras, dos presídios, de tudo que é estatal no Brasil. Dos correios também, porque nós pagamos caro, os impostos que nós pagamos isso inclui tudo. O correio não faz nada de graça pra você, você já paga, mas não tem um serviço de qualidade. 

Agora nós vamos iniciar a segunda parte da nossa entrevista, em que o candidato irá dizer se é apenas a favor ou contra os tópicos.

Aborto?
Contra.

Cotas raciais?
A favor.

Descriminalização da maconha?
Contra.

Ideologia de gênero nas escolas?
A favor.

Homeschooling?
A favor.

Privatização do SUS?
A favor.

Privatização das universidades públicas?
Contra.

Adoção por casais homoafetivos?
A favor.

Linguagem neutra?
A favor.

Criminalização do Comunismo?
Contra.

Considerações finais do candidato:
Primeiro queria agradecer a você Livia, ao Hélio, ao Lucas, que estão nos bastidores, ao Gp1. E pediu ao povo piauiense um voto de confiança, porque eu quero fazer minha parte como cidadão e como político, mas eu preciso do seu voto. Preciso trabalhar como deputado federal para que possamos por em pratica nossos projetos, nossa vontade e o desejo de combater a criminalidade. Quero lutar por você jovem, criança e a todos do Piauí e de Teresina que me conhecem e sabem da minha dedicação para esse problema. Então, eu peço seu voto, Egídio 1988, juntos nós podemos mudar o Piauí e o Brasil.