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Eleições 2022

Silas Freire diz que vai focar mandato na geração de empregos caso seja eleito

O candidato do Solidariedade expôs também propostas para a saúde e educação.

Dando sequência à série de entrevistas com os candidatos à Câmara Federal, a TV GP1 conversou, nesta sexta-feira (09), com Silas Freire, do Solidariedade, que concorre como deputado federal nestas eleições.

Durante a conversa, candidato falou sobre diversos temas, dentre eles, a geração de renda para os mais jovens e a maior punibilidade para criminosos, ainda que em menores de idade. Além disso, também reforçou durante a entrevista diversos projetos sociais para transformar a situação do Piauí.

Foto: Lucas DiasGP1Silas Freire e Lívia Pessoa
Silas Freire e Lívia Pessoa

Veja a entrevista na íntegra:

Candidato, uma das funções de deputado federal é a elaboração de leis. Caso eleito, quais seriam seus principais projetos para a Casa?

Olha, nós temos que continuar trabalhando pela punibilidade criminal para menores de idade. Eu sou defensor do menor, agora menor criminoso não defendo. Defendi quando estive na Câmara como suplente, de 2015 a 2018, a redução da maioridade penal, e conseguimos, [mas] o Senado sentou em cima. Eu sou a favor da emancipação, matou, tirou a vida? Tem que ir para a cadeia nem que seja de fraldas. Agora, nós temos que cuidar do jovem para que ele não chegue nesse estágio. Mas nós vamos caminhar juntos para a redução da maioridade penal, em defesa da família, vamos propor muitas leis para blindar a maior instituição do mundo que é a família, e essa questão do concurso público em que achamos que os entes precisam estar perto dos seus.

Candidato, como o senhor avalia a bancada piauiense na Câmara Federal?

Olha, eu não gosto de analisar colegas. Acho que a bancada foi escolhida pelo povo, então o povo é quem deve analisa-los. Tiveram algumas frustrações, alguns parlamentares que frustraram seus eleitores, mas foram parlamentares que conseguiram os votos com poderio financeiro, poderio político, então essa frustração não foi tão grande pro eleitor. Tanto é que 70% do eleitor não lembra quem votou para deputado federal, o que é uma grande pena, porque o deputado federal influi diretamente na vida do eleitor, tanto na legislação como no emendar o orçamento da União. Estados humildes como o nosso, vivem no emendar do orçamento da União, nós não estamos inseridos diretamente, então dependemos da bancada por verbas federais, aí a turma não sabe em quem votar e acaba, realmente, pagando um preço alto.

Falando um pouco sobre segurança pública. Sabemos que o Piauí está em uma situação caótica de violência, incluindo com a inserção de facções como PCC, Bonde dos 40 e Comando Vermelho. Como o senhor resolveria essa situação enquanto deputado federal na Câmara?

Olha, eu resolveria usando minhas emendas parlamentares. Legalmente, quase 40 milhões de reais o deputado indica de forma impositiva, tanto as individuais como coletivas, e tem deputados que indicam quase 100, depende da ligação com o governo. Cuidado, jovem! Eu acho que não é mais polícia, não é mais presídio, nós temos que diminuir, e eu já iniciei isso no meu programa de televisão com o projeto “Onde tem bola a bala não rola”, em que eu banco 50 escolinhas de futebol com o dinheiro da comissão de propaganda do meu programa. São 2.500 jovens que estão longe das drogas, do crime e do cooptação das facções, e isso já é uma vantagem. Eu usarei, parte das minhas emendas parlamentares, para atrair o jovem para o esporte, para a música, para arte e para o “Vem empreender, jovem”.

Candidato, como o senhor mesmo falou, a morte está sendo uma constante no estado do Piauí, tanto para a população, tanto para aqueles envolvidos na criminalidade, como os próprios policiais. Como deputado, caso eleito, como o senhor resolveria a proteção e o julgamento dessas pessoas?

Olha, nós temos países, como Chile ou Portugal, as pessoas que atentam contra vida são julgadas em seis meses, doze meses. Aqui levamos 10 anos, em um julgamento rápido, para julgar um homicida, em que ele ainda comete mais 10 homicídios para ser julgado. Então, nós precisamos urgentemente criar mecanismo judiciais, através inclusive de leis, para que nós aceleremos esse processo de julgamento. O cara tirou uma vida? Que ele seja condenado, pague por aquele crime, sem chances de ele cometer outro crime. Agora, o cara tira uma vida, tem uma prisão decretada pela justiça, tem os benefícios das leis, que muitas vezes são amolecidas, ele acaba no “saidão” ou em uma prisão condicionada. Mata outro, mata outro e mata outro, e daqui a dez anos ele ainda vai ser julgado pelo primeiro homicídio. Ah, paciência. Nós precisamos dar um jeito de mudar isso. Não é fácil, o Silas sozinho no Congresso não conseguirá, mas já será uma pedrinha no xadrez para a gente começar a mexer nisso.

Falando sobre violência, o senhor é a favor ou contra o porte de armas para o cidadão?

Sou a favor do porte de arma para o cidadão, contra o porte de armas para o cagão.

Agora nossa entrevista irá falar sobre educação. A educação também é um setor que precisa da atenção do estado. Quais seriam suas propostas dentro da Câmara Federal?

Essas propostas na verdade seriam mais sobre políticas de estado. As leis estão dispostas lá, o que nós precisamos é obrigar os estados a cumprirem a lei. Se nós pudermos mexer na legislação, aumentando a punibilidade para gestores que não cumprem a lei, como por exemplo: transporte escolar e educação integral, eu acredito [também] que a educação integral pode andar em conjunto com a qualificação. Essa coisa que criaram no país que o jovem não pode trabalhar, só estudar é equivocado. Eu tenho 51 anos de idade, trabalho desde os meus 16 e não me fez mal nenhum, pelo contrário, exercitou meu caráter e muito. Então, nós precisamos conciliar o estudo, com a qualificação do emprego e o trabalho. O trabalho dignifica, ele não prejudica.

Candidato, a saúde do estado também precisa de atenção, afinal faltam coisas básicas, como medicamentos, leitos de UTI e efetivos médico. Quais seriam as áreas de atenção que o senhor trataria na Saúde?

Olha, nós temos o melhor sistema de saúde do mundo, o problema é que é muito roubo no SUS, é muito interesse. Nós temos primeiro que enxugar essa corrupção que tem no SUS, nós enxugarmos esse sistema vai ser perfeito. Vou correr atrás, vou denunciar, sei que são costas largas envolvidas nisso, mas essas filas de cirurgias reparadores são intermináveis, cruéis, injustas e são corruptas.

Candidato, com a instabilidade do valor do barril de petróleo e também a mudança dos preços no Brasil e no Piauí, como o ICMS e valor das distribuidoras. A desestatização ou privatização da Petrobras entrou em questão. O senhor seria a favor ou contra essa medida enquanto deputado?

Eu acho que medidas devem ser estudadas. A questão do petróleo do Brasil é tirar o que nós produzirmos e priorizar [a internalização] do que produzimos e depois internacionaliza. Por exemplo, pegar o diesel que é prioridade para carregar o Brasil nas costas com os caminhões. O que nós produzimos de diesel deveria ser “esse diesel nós não vamos colocar na balança internacional de combustível, esse nós vamos vender barato”, o restante entramos no mercado internacional. Por que, meu amigo, vamos ficar todo tempo dependendo da sanfona do dólar? Porque aumenta o dólar, aumenta o combustível, baixa o dólar, baixa o combustível. Essa ilusão se é ICMS, o estado que cobra mais ou cobra menos, isso é só detalhe, isso não resolve preço de combustível.

Candidato, a questão da geração de emprego também é muito visível no estado. Quais seriam as suas propostas para resolver esse ponto?

Olha tem um monte de sonhador aí. Eu já participei do grupo [que diz] “as indústrias, as indústrias”, isso é papo para boi dormir. Nós temos que explorar nossa localização, nós precisamos urgentemente de um porto seco ou de uma zona franca em Teresina. Teresina é hoje o local mais bem colocado do norte e  nordeste do país. Aqui tem que ser um grande centro de distribuição.

Candidato a pelo menos 5 anos circula na Câmara a questão do foro privilegiado. Qual seria seu posicionamento dentro da Câmara Federal?

Mas eu sou favorável ao foro para defender a fala do político lá no parlamento, ele me defender e dar imunidade par usar o meu ato de parlamentar, não de criminoso, não de cidadão, não na direção de carro tomando álcool, não numa discussão e não nas redes sociais. Eu sou contra esse tipo de foro privilegiado, de tudo que eu fizer só o STF poder me julgar. Que barbaridade. Eu passo a ser depois dali um ser diferente dos outros. Eu ao ter o foro privilegiado, eu tenho imunidade parlamentar, cidadão nenhum pode ter imunidade. Cidadão é cidadão igual ao outro.

Agora nós vamos iniciar a segunda parte da nossa entrevista, em que o candidato irá dizer se é apenas a favor ou contra os tópicos.

Aborto?

Contra.

Cotas raciais?

A favor.

Descriminalização da maconha?

Contra.

Redução da maioridade penal?

A favor.

Ideologia de gênero nas escolas?

Contra.

Adoção por casais homoafetivos?

Contra.

Privatização do SUS?

Contra.

Privatização das universidades públicas?

Contra.

Considerações finais do candidato:

Eu quero pedir essa oportunidade de voltar à Câmara, pois estive lá como suplente, então eu preciso estar lá agora como titular para ajudar minha juventude que está sendo cooptada, quero ajudar aos jovens e aqueles que cuidam dos jovens. Me dê essa chance. Eu quero fazer um mandato diferente, meu eleitor. Eu vou andar com um ônibusinho nos bairros da cidade, saber onde você quer que eu aplique mais de 70% das minhas emendas, com a emenda comunitária. Eu preciso do seu voto, preciso da sua ajuda para chegar lá para a gente cuidar de gente. Meu número é 7733.

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