Diversos estudos científicos vêm apontando uma relação direta entre o consumo excessivo de açúcar e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. O cérebro, apesar de depender da glicose como principal fonte de energia, sofre gravemente quando exposto constantemente a níveis elevados desse nutriente.
Quando há muito açúcar circulando no sangue, o organismo precisa produzir mais insulina para controlá-lo. Com o tempo, o cérebro pode se tornar resistente à insulina, o que prejudica não apenas o controle da glicose, mas também a função cerebral. A insulina, além de regular o açúcar, também participa de processos cognitivos importantes como a memória e a aprendizagem. Sem sua ação adequada, neurônios passam a funcionar mal e até a morrer.

Essa resistência à insulina no cérebro é tão significativa que alguns pesquisadores já apelidaram o Alzheimer de “diabetes tipo 3”. Ou seja, um tipo de diabetes que atinge diretamente o cérebro, promovendo degeneração cerebral progressiva.
Além disso, o excesso de açúcar estimula processos inflamatórios e aumenta o estresse oxidativo no sistema nervoso central, criando um ambiente tóxico para as células cerebrais. A longo prazo, isso contribui para o acúmulo de placas beta-amiloides — uma das características típicas do Alzheimer.
Manter uma alimentação equilibrada, com baixo teor de açúcar refinado, é fundamental para proteger a saúde do cérebro. Evitar refrigerantes, bolos industrializados, doces em excesso e produtos ultraprocessados pode ser um passo simples, mas extremamente eficaz, para reduzir o risco de demência no futuro.
Proteger o cérebro começa no prato. Escolha com consciência o que você coloca à mesa hoje — o seu cérebro agradecerá amanhã.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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