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Professor Ricardo Barros*

O Brasil e o mundo perderam no último dia 12 de janeiro a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns. Ela foi fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Você sabe quem foi essa mulher?

Zilda Arns nasceu no dia 25 de agosto de 1934, em Forquilha, estado de Santa Catarina. Filha de Gabriel Arns e Helena Steiner Arns, e irmã de Dom Paulo Evaristo - Cardeal Emérito de São Paulo. Ficou viúva em 1978 e teve de criar sozinha cinco filhos. Sua formação iniciou-se ainda em Forquilha e terminou com a conclusão de seu curso de Medicina em Curitiba, no Paraná, em 1959. Fez então diversas especializações, desde Educação Física a cursos de Pediatria Social. Começou sua vida profissional como Médica Pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, entre 1955 a 1964.

Extremamente religiosa e observando a situação da maioria das crianças brasileiras, em 1983 fundou e coordenou a Pastoral da Criança da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Participou de diversos eventos internacionais em defesa da criança em países da África, América, Europa e Ásia. Devido ao seu trabalho em defesa da saúde e do bem-estar infantil, recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária em diversas cidades do Brasil. Nos últimos tempos, seu nome tem sido indicado para o Nobel da Paz em função dos trabalhos desenvolvidos na Pastoral da Criança.

Os voluntários da Pastoral da Criança desenvolvem ações de saúde, nutrição, educação, cidadania e espiritualidade de forma ecumênica nas comunidades pobres. As atividades da Pastoral objetivam o desenvolvimento integral das crianças desde seu nascimento até os seis anos de idade, bem como a melhoria da qualidade de vida das crianças e suas famílias.

Os líderes da Pastoral da Criança atuam na sua própria comunidade. Por viver no mesmo local, o líder conhece bem a família e as condições em que ela vive e, junto com ela, busca maneiras de melhorar a realidade. O líder também orienta as famílias sobre os seus direitos e deveres e contribui para prevenir a violência doméstica, levando a mensagem da paz, do amor e da solidariedade. As famílias acompanhadas se sentem amparadas e fortalecidas para buscarem soluções para os problemas.

* Ricardo Barros é Mestre em Educação, formado em História e Pedagogia pela Universidade de São Paulo (USP) e Professor de História do Colégio Paulista

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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