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Com todo o respeito, os partidos políticos brasileiros são um fiasco. São um aglomerado de siglas, simplesmente. Não têm identidade ideológica. Veja, por exemplo, o PMDB, considerado o maior partido nacional, uma mescla ideológica, não tem candidatura própria para a Presidência da República, e figura como capacho do PT, lançando Michel Temer como vice. Não é uma vergonha?

Assim como o PMDB, o PT está fragmentado em ideologias, só que o PT é mais organizado, e a sua dissidência interna apoia aquele que for guindado a representar o partido em qualquer instância eleitoral.

Coligações. É uma vergonha o desejo de coligações partidárias para abiscoitar interesses fisiológicos. Todos os partidos deveriam ter candidaturas próprias para disputar os pleitos, porque isso deveria ser uma consequência natural da razão de existência de um partido político. Se um partido não tem competência para se estabelecer, por que foi criado? Deveria se extinguir. Não é uma grande imoralidade, um partido apoiar, por exemplo, uma sigla para Presidência da República e participar de outras coligações partidárias estaduais? Onde está a seriedade da política nacional? E por aí que começa o jogo sujo da política brasileira.

Ora, toda aliança política pressupõe o jogo de interesse fisiológico, o toma lá, dá cá. Ah! Mas sempre foi assim. Só que essa imoralidade tem que acabar. E aqui está uma das vertentes da corrupção política. Lênin já alertava: "Onde termina a política começa a trapaça".

A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) não tem que se lamentar pelo fato de seu partido não ter se programado de forma mais organizada, porque esse é o retrato dos partidos políticos brasileiros. Com exceção, temos que reconhecer, o PT, que desde o início de governo continuou organizado e fazendo campanha política ao presidente Lula.

Por outro lado, que moral tem um partido político perante o seu eleitorado ao não oferecer candidatura própria, e o pior, manifestar palanque para outro partido?

A deputada Erundina declarou que o PSB vai dar apoio à candidata do PT, Dilma Rousseff. Não é nenhuma surpresa a sua antiga paixão petista. Por que não volta ao berço do partido?

Agora, manifestar preferência por uma ex-guerrilheira, cuja história dá conta de que em sua militância política já assaltou bancos e matou nacionais, é demais - e deixa o Ciro Gomes p. da vida. Luiza Erundina, qualquer um, menos Dilma Rousseff.

*Julio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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