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Júlio César Cardoso *

Imagem: ReproduçãoJúlio César Cardoso(Imagem:Reprodução)Júlio César Cardoso

Lula continua o mesmo. Só ele sabe tudo, só ele tem a verdade. Ele continua desconhecendo que no Estado Democrático de Direito brasileiro, o Poder Judiciário é a instância que julga os atos supostamente ilegais. Aliás, se o Lula pudesse não existiria, no Brasil, Poder Judiciário. Ele tem ojeriza às fiscalizações jurídicas. Foi assim que ele procedeu ao cuspir fogo contra o Tribunal de Contas da União, que indeferiu as contas irregulares do PAC em sua administração presidencial.

Quando ele se afoita pela CPI de Carlinhos Cachoeira para provar que não houve mensalão, ele apenas está tentando tumultuar para intimidar o julgamento do mensalão no STF. Ademais, quem é o Lula para afirmar que não houve mensalão? Aliás, ele próprio é um dos protagonistas, se não o maior, porque, como presidente, sabia de tudo que se passava no subterrâneo de seu governo e não tomava providências. Por exemplo, a instituição de taxação das aposentadorias e pensões de servidores federais aposentados foi a maior imoralidade votada no Congresso por parlamentares comprados pelo governo.

Lula agora agita que quer CPI, mas a sua representante, no Senado, a então senadora Ideli Salvatti e a sua corriola fizeram de tudo para impedir a instalação de CPIs para apurar as bandalheiras ligadas ao mensalão de seu governo. Quem não se lembra dos shows, para a televisão, protagonizados por Ideli no Congresso Nacional?

O Lula tem de saber aceitar que, bem ou mal, ainda temos Judiciário no País, não obstante seja o STF de indicação política. Mas somente o STF tem poder de julgar se houve ou não mensalão, e não a sua majestade Lula, com a empáfia de sempre, pretender vir sentenciar que nunca houve mensalão. Bem diferente do comportamento do rei do pedaço, a presidente Dilma Rousseff mostra-se comedida com a possível criação de CPI, porque sabe que poderá respingar muito chumbo grosso no seu governo.

* Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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