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*Júlio César Cardoso

Imagem: GP1Júlio Cesar Cardoso (Imagem:GP1)Júlio Cesar Cardoso

Luiz Inácio Lula da Silva, diante de uma plateia embasbacada em seminário na Argentina, ao tentar minimizar a decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor"s de tirar o grau de investimento do Brasil, de forma demagógica disse que o rebaixamento “não significa nada”.

Absolutista e bravateiro de sempre, Lula não tem pejo de contradizer-se, quando necessário. Em 2008, ele se ufanava festejando a decisão da S & P. Assim, vale aqui reproduzir aos nefelibatas entusiastas do ex-presidente Lula, que aplaudem as suas verborragias, o artigo do ESTADÃO, de 23/03/2014, para mostrar que não se deve confiar em um impostor.

“Em 2008, decisão da S&P foi festejada por Lula

Nova inimiga número 1 do governo federal, a agência de classificação de risco Standard & Poor"s caiu nas graças do Palácio do Planalto em abril de 2008, quando conferiu ao Brasil o título de grau de investimento. O anúncio, na ocasião, foi celebrado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viu na medida um reconhecimento da política econômica desenhada pelo Planalto - uma postura diametralmente oposta à dos tempos atuais, quando ministros criticaram o rebaixamento da nota do Brasil e colocaram em xeque a credibilidade da agência.

"Primeiro, nós temos que ter uma euforia comedida, porque o jogo tem muito tempo pela frente e nós sabemos que estamos construindo um processo de macroeconomia neste País que vai levar algum tempo ainda para a gente poder estar consolidado definitivamente como uma grande nação e como uma grande economia", afirmou Lula, em entrevista concedida à TV Cultura logo após o anúncio da S&P, há seis anos. "Eu acho que houve uma combinação de esforços feita por todos os brasileiros que permitiu que nós pudéssemos, hoje, estarmos felizes porque é uma coisa importante para o Brasil (o grau de investimento), é uma vantagem extraordinária nesse mundo globalizado."

Metáforas.

Três dias depois, em uma cerimônia de assinatura de ordens de serviço de obras do PAC, em Teresina, Lula voltou a comentar o anúncio da S&P, menos contido. "Vocês viram na televisão, na semana passada, eu não sei nem dizer direito, mas eu estava em casa vendo televisão, e dizia assim: "O Brasil agora virou investment grade". Eu nem sabia o que era isso. Aí, já fui ligar para o Celso Amorim: "Que diabo de palavra é essa?". Aí, ele falou para mim: "é grau de investimento". Eu fiquei mais confuso ainda", disse Lula.

O presidente recorreu a uma de suas tradicionais metáforas, comparando a figura de dois trabalhadores. Um deles é um homem comportado, que cuida da família, paga o aluguel e não tem vícios. "Esse é o investimento grade", explicou Lula. O outro recebe o dinheiro, torra tudo em mesa de jogo ou bebe demais e está quebrado. "Então, era assim que era o Brasil. O Brasil estava quebrado, não tinha credibilidade. Não podia sequer pagar as suas importações. Todo mundo lembra quanta faixa tinha aqui, da dívida externa. Cada vez que ia em um lugar era: "Fora FMI", Acabou isso. Acabou!", disse o presidente, exaltado. A euforia com a S&P também acabaria, quase seis anos depois.”

Quando o vento é desfavorável ao cenário do governo do PT, Lula costuma exorcizar as adversidades, desqualificando as instituições. Trata-se de um cidadão muito perigoso, pois a coisa que mais aprendeu a fazer foi politicagem, bem como, sorrateiramente, tirar vantagem da política, como se pode hoje dimensionar o seu patrimônio econômico e financeiro, agora sabido, derivado da bondade de empreiteiros arrolados na Operação Lava-Jato.

*Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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