As movimentações do presidente Lula (PT), para acomodar as exigências do Centrão, deve acarretar na saída de mais mulheres da diretoria do Banco Central (BC). Segundo reportado pelo O Globo, a escolha dos novos diretores para o BC vai diminuir consideravelmente o percentual feminino nos cargos de poder nomeados pelo governo federal.

Um exemplo disso é a conclusão do mandato da diretora de Assuntos Internacionais do Banco Central, Fernanda Guardado, que encerra no dia 31 de dezembro. No lugar dela irá assumir o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, Paulo Pichetti.

Em outra ocasião, o presidente Lula exonerou a presidente da Caixa, Rita Serrano, para acomodar Carlos Fernandes, indicação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Momentos após a exoneração, Lula participou do lançamento de um programa do governo federal que tem como objetivo "apoiar mulheres em espaços de poder e de decisão".

Durante um ano de presidências, outras ministras também perderam espaço no alto escalão do governo federal para dar lugar às manobras do presidente. Por exemplo, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, foi substituída por Celso Sabino, e a ministra do Esporte, Ana Moser, cedeu lugar ao atual ministro André Fufuca.