O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), voltou a ser preso nesta sexta-feira (12), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o STF, o oficial do Exército está sendo acusado de descumprimento de medidas judiciais e obstrução de Justiça. Mauro Cid foi preso após o vazamento de áudios em que ele afirma ter sido pressionado pela Polícia Federal durante seus depoimentos, e também critica Alexandre de Moraes. As gravações foram divulgadas pela revista Veja nessa quinta-feira (21).

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Tenente-coronel Mauro Cid

Antes de voltar a prisão, Cid foi ouvido por um juiz do STF, auxiliar de Alexandre de Moraes, ocasião em que prestou esclarecimentos sobre o conteúdo dos áudios divulgados.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso pela primeira vez em maio de 2023, no âmbito da investigação sobre falsificação de cartões de vacinação do ex-presidente da República, parentes e assessores. Após seis meses detido, em setembro, ele fechou uma colaboração premiada com a PF, acordo que foi homologado por Alexandre de Moraes.

Os áudios

Nas gravações divulgadas pela Veja, Mauro Cida acusa Moraes e agentes da PF de terem uma “narrativa pronta” e “não queriam saber da verdade”.